Saúde

Confira 6 dicas para identificar se você é viciado em pornografia

A dependência em conteúdo erótico pode ser descrita como uma busca obsessiva pelo prazer sexual

Do Uol/VivaBem/Folhapress

Publicado em 04/09/2022 às 15:33

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Cena do filme "Adeus, Emmanuelle" (Emmanuelle 3) / Reprodução/Youtube/Redes Sociais

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O cantor Kanye West contou que é viciado em pornografia, em seu perfil no Instagram, na quinta-feira (1). Segundo ele, a dependência desse tipo de conteúdo foi responsável por destruir sua família. 

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"Hollywood é um gigante bordel e a pornografia destruiu minha família. Eu lido com o vício. O Instagram promove isso", escreveu em um post.

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A dependência em conteúdo erótico pode ser descrita como uma busca obsessiva pelo prazer sexual por meio da visualização de material pornográfico e/ou masturbação. Esta última, quando associada à pornografia, pode se tornar compulsiva, comprometendo o cotidiano e as relações sociais.

Segundo a psiquiatra Sônia Palma, da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, o vício em pornografia afeta o desempenho nas relações sexuais, o tempo perdido com conteúdo erótico pode provocar um distanciamento da realidade e dos compromissos diários, gerando um maior isolamento social e agravando um quadro depressivo, além de outros prejuízos.

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Sou viciado? 

Segundo Palma, existe na internet um teste com sete perguntas, com respostas sim ou não, sobre o vício em pornografia, usando critérios do DSM (Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais) e da OMS (Organização Mundial de Saúde). Essas perguntas podem dar uma noção do quanto uma pessoa pode estar comprometida com essa dependência e ajudam a triar o diagnóstico de vício. Em resumo, eles abordam:

Escalada: refere-se ao aumento do uso de pornografia para conseguir a mesma satisfação, ou a pessoa escalou para gêneros diferentes de pornografia ao longo do tempo; 

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Sintomas de abstinência: quando a pessoa interrompe o uso da pornografia e passa a experimentar sintomas físicos ou emocionais de abstinência, como irritabilidade, ansiedade, agitação, dores de cabeça, suor ou náuseas; 

Dificuldade de controlar o uso: às vezes faz uso de mais pornografia ou por mais tempo do que gostaria; 

Consequências negativas: continua a usar pornografia, apesar de ter percebido consequências negativas no humor, autoestima, saúde, trabalho ou família; 

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Perda de tempo e de energia: perda significativa perda significativa de tempo procurando, usando, escondendo ou se recuperando do uso de pornografia; 

Desejo de parar: se já pensou em reduzir ou controlar o uso de pornografia, e quais tentativas malsucedidas foram feitas para parar ou controlar seu uso.

Tratamento inclui ajuda psicológica 

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O tratamento funciona como em qualquer outro tipo de vício: o ideal é que o dependente busque terapia com psicólogo e acompanhamento com psiquiatra, mas, neste caso, o ideal seria que ambos fossem especializados em sexologia. O uso de medicamentos é indicado se o paciente apresentar comorbidades como ansiedade, depressão e outros transtornos. A duração do tratamento varia de acordo com o quadro clínico apresentado.

Segundo a psicóloga e sexóloga Tatiana Bovolini, coordenadora do serviço de psicologia do Hospital e Maternidade Brasil - Rede D'or São Luiz ABC, é difícil admitir uma dependência, seja ela qual for. Mas é importante que a pessoa entenda que tem fraquezas e que, nesses casos, elas se tornaram algo maior em sua vida.

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