Saúde

Comum na primavera, vírus da catapora requer vacinação e cuidados

Doença de distribuição mundial, a catapora pode causar diversas complicações. A melhor forma de prevenção é manter a vacinação em dia

Publicado em 01/09/2014 às 13:01

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A varicela, conhecida mais comumente como catapora, é uma doença infectocontagiosa causada pelo vírus varicela-zoster. O aparecimento de pequenas bolhas e erupções na pele, a coceira incômoda e a febre alta são os sintomas típicos da doença. Durante o final do inverno e os primeiros dois meses da primavera a transmissão da catapora se acentua, aumentando assim o número de pessoas contaminadas, caracterizando o surto da doença. A faixa etária mais atingida pela varicela está entre as crianças de até 10 anos que não foram vacinadas.

“Os adultos, na maioria das vezes, já contraíram a doença ou foram vacinados quando pequenos. Por isso as crianças poderiam ser consideradas o grupo de risco. Em populações onde a incidência da doença é muito baixa, a maioria dos casos pode se concentrar em jovens adultos”, explica o Dr. Ricardo Cunha, médico sanitarista e responsável pelo setor de vacinas do Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica. O especialista alerta que todas as crianças devem ser vacinadas a partir dos 12 meses de idade, sendo que uma segunda dose deve ser aplicada três meses depois da primeira. “A vacinação é o único método de prevenção comprovado”, aponta Dr. Ricardo Cunha.

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A faixa etária mais atingida pela varicela está entre as crianças de até 10 anos que não foram vacinadas (Foto: Divulgação)

Considerada uma doença de grau leve a moderado, a varicela, depois de contraída, confere proteção para a vida toda. No entanto, a doença pode causar uma série de complicações sérias, como infecções secundárias nas lesões da pele, infecções invasivas que podem levar à internação, encefalites virais, meningites e até mesmo pneumonias. A varicela também pode levar à morte, sendo que os adultos acima de 30 anos representam cerca de 35% dos casos de óbito pela doença, apesar de serem apenas 5% daqueles que contraem o vírus.

As complicações são mais comuns em pessoas acima dos 15 anos de idade e em crianças menores de 1 ano. Pessoas com sistema imune deficiente e gestantes também compõe o grupo de risco da doença. “No caso das gestantes, há um pequeno risco de ocorrerem anomalias na criança durante a gravidez, caso a mãe contraia a doença. A catapora pode também ser transmitida para o recém-nascido pela mãe, se ela for infectada em até 5 dias antes do parto ou dois dias depois de dar a luz, sendo de alto alto risco para ambos”, esclarece Dr. Ricardo Cunha. Não existem tratamentos para a catapora além dos remédios receitados pelo médico que podem aliviar alguns dos sintomas. “O melhor jeito de evitar a doença é por meio da vacinação”, reforça o especialista. 

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