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Com o tempo passando e a idade chegando, alguns dos problemas mais comuns entre os idosos são aqueles que envolvem o sistema auditivo – como a surdez, por exemplo - e as quedas – mesmo dentro de casa. O bom funcionamento do sistema vestibular, situado no ouvido interno e responsável pelo equilíbrio do corpo é fundamental para se evitar quedas.
Muitas vezes, esses tombos provocam fraturas com consequências graves para a qualidade de vida e a saúde do idoso prejudicando a sua mobilidade e fazendo com que ele se torne dependente das pessoas ao seu redor.
O SUS (Sistema Único de Saúde) registra gastos de mais de R$ 51 milhões por ano envolvendo o tratamento de fraturas decorrentes de queda e R$ 24,77 milhões com medicamentos para tratamento da osteoporose, doença que atinge principalmente mulheres na pós–menopausa, caracterizada pela fragilidade dos ossos.
“Porém, após os 80 anos de idade, a osteoporose acontece com a mesma frequencia tanto para homens como para mulheres, portanto o cuidado deve aumentar a partir dessa idade” ressalta a Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães, Otorrinolaringologista e Otoneurologista de Curitiba, PR.
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Rita lembra que casos mais graves de fraturas podem levar à morte, principalmente quando eles envolvem o fêmur. “Cerca de 30% dos idosos que fraturaram o fêmur morrem em um ano. Além disso, o indivíduo que passou por uma cirurgia decorrente de queda pode ter complicações como um bloqueio da artéria pulmonar, broncopneumonia, risco cardíaco e infecções de maneira geral”, alerta.
A queda com fratura pode não significar muita coisa para quem está ao redor do idoso, mas, para ele, pode ser um divisor de águas que leva o idoso a ter outra doença e se tornar dependente. A especialista comenta que o Brasil não está preparado para evitar quedas devido ao ambiente externo ainda inadequado à acessibilidade dos idosos na maioria das cidades. “Além da insegurança causada pelos ossos mais frágeis, alguns idosos também sofrem com alguns outros problemas envolvendo os outros sentidos, como problemas auditivos, labirínticos ou de visão, o que faz com que eles precisem ter uma atenção redobrada quando estão na rua. Por isso, pelo menos quando se trata da moradia, ela precisa ser segura”, exalta Rita.
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As quedas podem ser causadas devido ao ambiente, como piso inadequado, tapetes escorregadios, má iluminação, degraus, má localização dos móveis, ou por questões próprias do paciente como alterações sensitivas, sejam elas visuais, auditivas, no equilíbrio ou no tato, perda de força muscular ou alterações cardíacas e vasculares. “Existem também aquelas causas secundárias, como o uso de medicações que podem alterar a pressão arterial e provocar tontura”, lembra Rita.
Para evitar quedas dentro de casa e tornar os ambientes mais seguros, existem algumas recomendações que devem ser seguidas por todas as famílias. “O acesso deve ser fácil, com piso externo áspero, marcações claras no caminho e sem barreiras que possam atrapalhar o caminho. As maçanetas devem ser do tipo alavanca e ao invés de escadas, a existência de rampas para ligar ambientes com níveis diferentes é indicado”, diz Rita.
Além disso, é importante que a casa tenha uma boa iluminação, com interruptores de luz próximos à cama, luz de emergência e luz noturna nos banheiros, corredores e cozinha, barras de segurança em alguns cômodos, gavetas de fácil abertura e objetos de uso frequente em locais de fácil acesso. “Assim, o idoso pode levar uma vida normal, com os cuidados necessários, sem se tornar dependente”, conclui Rita.
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