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Na semana em que se celebra o Dia Nacional de Controle do Colesterol (8 de agosto), o programa Meu Pratinho Saudável, iniciativa do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP em parceria com a LatinMed Editora em Saúde, faz um alerta aos pais sobre os riscos do colesterol alto em crianças.
Hábitos alimentares inadequados, como abusar dos fastfood e alimentos industrializados e não comer frutas, verduras ou legumes, são os principais “vilões” que podem favorecer o surgimento da doença ainda na infância, além de outros problemas como obesidade, diabetes e hipertensão.
Segundo a médica Elisabete Almeida, coordenadora do programa, o colesterol elevado em crianças e adolescentes é mais comum do que se imagina. “Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o problema afeta, pelo menos, 20% da população entre dois e 19 anos de idade”, diz.
Ela explica que os alimentos industrializados e os chamados fast-food contêm quantidade elevada de conservantes, aromatizantes e sal, responsáveis por alergias e problemas gastrointestinais, e pouca fibra, que prejudica o bom movimento dos intestinos.
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“Além disso, muitos produtos também contêm altas taxas de sódio, caso dos refrigerantes e do macarrão instantâneo, que causam retenção de líquidos e pressão alta”.
Por isso, afirma a coordenadora do programa Meu Pratinho Saudável, os pais e responsáveis devem estimular a adoção de hábitos saudáveis desde cedo. Nas refeições, uma das principais recomendações é que metade do prato da criança nas refeições principais seja preenchido com verduras e legumes (crus e cozidos) e que a outra metade seja preenchida com 1/4 de alimento rico em proteínas e 1/4 de alimentos ricos em carboidratos. O café da manhã e os lanches devem conter pelo menos um alimento rico em proteínas, um alimento rico em carboidratos e um alimento de origem vegetal, podendo ser frutas, verduras ou legumes.
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Quando checar o colesterol
A recomendação é checar o colesterol das crianças a partir dos 10 anos de idade. Mas se houver no histórico familiar pessoas com problemas de colesterol alto ou com doenças cardiovasculares em idade jovem, a dosagem deve ser iniciada antes, aos dois anos.
Segundo a médica Elisabete, a partir dos três anos os pais já podem acrescentar fibras na alimentação da criança, oferecendo frutas, legumes, verduras, cereais integrais e leguminosas. “As fibras ajudam a eliminar as gorduras, evitando que elas sejam absorvidas pelo organismo”.
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Os alimentos que devem ser evitados no caso da criança apresentar colesterol elevado são os de origem animal e as gorduras saturadas, aquelas que são sólidas na temperatura ambiente, como, por exemplo, a margarina. Quanto ao leite, deve-se preferir o semidesnatado ou o desnatado. “Além disso, as carnes e queijos devem ser magros, de preferência os brancos. Com os sorvetes, acostume seu filho com os de frutas e evite os de massa, pois tem gordura saturada e muito açúcar”, diz a coordenadora do Meu Pratinho Saudável.
No lanche da escola, a dica é optar por frutas inteiras ou picadas, sucos ou vitaminas de frutas, bebidas à base de leite desnatado, leite ou suco de soja ou iogurtes desnatados, sanduíches à base de pão integral, de centeio, de fibras ou de grãos, com queijo branco, peito de peru, tomate, alface e cenoura ralada. Além disso, biscoitos ou cookies integrais e bolos de cenoura com aveia e bolo de casca de banana.
“E, além da alimentação, as crianças devem brincar, pular, correr. Ou seja, fazer atividade física diariamente e evitar ficar muito tempo na TV, computador ou tablet, para ajudar no controle do colesterol”, finaliza a médica.
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