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O cirurgião Martin Salia, nativo de Serra Leoa, mas com visto de residência permanente nos Estados Unidos, partiu neste sábado de Freetown, capital do país africano, para Omaha, nos EUA, para receber tratamento contra o Ebola, disse o diretor médico de Serra Leoa, Brima Kargbo.
Salia acreditava que estava com malária ou febre tifoide. Ele havia telefonado para sua esposa, Isatu Salia, que mora em Maryland, nos EUA, dizendo que tinha dor de cabeça e febre. O médico fez dois testes para detectar Ebola, e ambos deram negativo. Quando fez o terceiro, entretanto, o resultado foi positivo. Isatu disse que o marido viaja frequentemente ao seu país de origem.
O cirurgião, de 44 anos, será tratado no Centro Médico de Nebraska, em Omaha, segundo Kargbo. O hospital informou em comunicado neste sábado que o avião que transportava o paciente desembarcaria na cidade por volta das 16h (horário local). Ele será o terceiro paciente com Ebola a ser tratado no local. Com Salia, chega a 10 o número de pacientes com a doença tratados nos EUA. A mais recente vítima, o também médico Craig Spencer, recebeu alta de um hospital de Nova York na terça-feira.
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O hospital de Omaha disse que a tripulação médica que ajudava no transporte de Salia determinou que sua condição era estável o suficiente para o voo de longa duração. No entanto, a nota também informava que a equipe responsável por cuidar dele em Serra Leoa havia dito que ele está gravemente doente e "possivelmente em situação pior do que os primeiros pacientes tratados com sucesso nos EUA". Cidadão da Serra Leoa, Salia vive em Maryland e tem residência permanente nos EUA, de acordo com uma fonte com conhecimento do assunto. A fonte não estava autorizada a divulgar a informação e falou sob condição de anonimato.
Salia estava trabalhando como cirurgião geral no Hospital Kissy United Methodist na capital de Serra Leoa, Freetown. Kissy não é uma unidade de tratamento de Ebola, mas o médico atuou em pelo menos três outras instalações de saúde, informou o hospital, citando o Ministério da Saúde do país. Os pacientes fugiram após a notícia do caso de Ebola. O hospital foi fechado na terça-feira depois que o exame de Salia deu positivo, e ele foi levado para o Centro de Tratamento de Ebola Hastings perto de Freetown. Os funcionários serão colocados em quarentena por 21 dias.