Saúde

Cerca de 30% da população tem algum tipo de alergia

Alérgenos mais comuns são ovo de galinha, leite de vaca, amendoim, nozes, avelã, trigo, frutos do mar, soja, polens, fungos e pelos de cão e gato

Publicado em 23/07/2014 às 17:05

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Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) cerca de 30% da população tem algum tipo de alergia. Ao contrário do que muitos presumem, a alergia não é uma doença mas sim uma reação anormal ou exagerada do sistema imunológico para certas substâncias encontradas em nosso meio ambiente. A reação é mediada por anticorpos de uma classe especial denominada imunoglobulina E ou, simplesmente, IgE, produzida pelo nosso sistema imunológico (linfócitos).

De acordo com o clínico geral do Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica, Dr. Emilio Salvador Granato, acadêmico honorário da Academia Paranaense de Medicina, nem todas as pessoas são alérgicas ou nascem alérgicas. “É necessária uma tendência genética (atopia) para o seu aparecimento, depois de sensibilização pelos agentes (alérgenos) desencadeadores”, explica o especialista.

Granato revela que são muitos os alérgenos, mas os mais comuns são ovo de galinha, leite de vaca, amendoim, nozes, avelã, trigo, frutos do mar, soja, polens (gramíneas), fungos (Alternaria, Cladosporium, Aspergillus, D.pteronyssinus e D.farinae) e pelos de gato e de cão.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) cerca de 30% da população tem algum tipo de alergia (Foto: Divulgação)

O médico afirma que a alergia pode ser eficazmente diagnosticada, tratada e controlada. Porém muitas pessoas, desconhecendo as causas das crises alérgicas, acabam não buscando o tratamento adequado. “Felizmente, existem exames para descobrir a origem das reações alérgicas.

O médico descreve que as reações alérgicas podem afetar a pele, promovendo lesões cutâneas (eczema e urticária), apresentar sintomas respiratórios (rinites, tosse, "chio de peito" e asma), gastrointestinais (vômito, diarreia e cólica) e, em crianças em casos crônicos, podem provocar déficit de crescimento (baixo peso e estatura).

Granato alerta que a alergia pode e deve ser diagnosticada para ser controlada e, para isso, o médico deve ser consultado. “É essencial que seja feita uma análise do histórico clínico e, além do teste cutâneo de puntura (prick test), a dosagem de IgE específica ajudará a identificar os alérgenos desencadeadores dos surtos alérgicos”.

O exame mais simples a ser feito é o teste cutâneo de puntura que, porém, apresenta certas limitações pela dificuldade de padronização, pela variabilidade dos extratos usados, reatividade da pele, a presença de eczema ativo no local, uso recente de anti-histamínicos ou esteroides tópicos. Por isso, segundo o médico, o exame de sangue é um importante aliado.

A alergia não tem cura, mas existem opções para conter os sintomas. A primeira é evitar as substâncias alergênicas já detectadas. No caso de alergias respiratórias, o ideal para evitar as crises é manter o ambiente arejado, passar aspirador regularmente e trocar as roupas de cama com frequência. Tapetes, carpetes e cortinas devem ser evitados por acumularem ácaros e poeira doméstica, assim como animais que soltam pelos. O cigarro também deve ser mantido a distância, pois a fumaça agrava consideravelmente a alergia. Recomendado ainda evitar perfumes, talco e produtos de limpeza.

Os exames de dosagens dos anticorpos IgE específicos são realizados pelo método imunoenzimático (ImmunoCap) com mais de 800 tipos diferentes disponíveis. “Há boa correlação com o grau de sensibilização aos alérgenos”, comenta. Também disponibiliza exames pela tecnologia biochip, que permite avaliação simultânea de 112 alérgenos provenientes de 51 fontes alergênicas. Mas Dr. Granato lembra que o ideal é que um alergista seja procurado logo nos primeiros sintomas.

“Testes de alergia adequados são essenciais para o tratamento ideal, incluindo prevenção à exposição aos alérgenos, exclusão de alimentos e tratamento com fármacos. Além disso, para alergias específicas, existe a imunoterapia (vacinas dessensibilizantes)”, finaliza.

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