Saúde

Cegueira afeta 33 mil crianças no Brasil; veja as principais causas e os cuidados necessários

De acordo com um relatório do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, estima-se que no Brasil haja cerca de 1,2 milhão de casos de cegueira

Da Reportagem

Publicado em 03/05/2021 às 08:00

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

O ideal é que todos os pais consultem um oftalmopediatra no primeiro ano de vida do bebê / Reprodução

Continua depois da publicidade

O movimento Abril Marrom promove a conscientização sobre a cegueira. De acordo com um relatório do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), estima-se que no Brasil haja cerca de 1,2 milhão de casos de cegueira e mais de 5 milhões de pessoas com perda visual grave. O mesmo relatório mostra que no País mais de 33 mil crianças são cegas devido a doenças oculares tratáveis ou evitáveis. Além disso, o número de cirurgias de catarata também caiu no Brasil.
 
Cegueira na infância

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

De acordo com Dra. Marcela Barreira, Oftalmologista Pediátrica, Neuroftalmologista e Especialista em Estrabismo, os erros refrativos (miopia, astigmatismo e hipermetropia) são responsáveis por 43% ou mais dos casos de cegueira ou baixa visão na infância.

Continua depois da publicidade

“Vale esclarecer que a cegueira pode ser reversível ou irreversível. Uma criança com um alto grau de miopia que não usa óculos, por exemplo, é considerada legalmente cega. Mas, é uma cegueira reversível, já que com o uso de lentes corretivas, a visão volta ao normal”, diz.

Ainda na infância temos as causas de cegueira por cicatrizes de córnea, cicatrizes retinianas causadas por infecções congênitas intrauterinas e retinopatia da prematuridade, sendo essas causas evitáveis.

Continua depois da publicidade

“Já as doenças como catarata congênita e glaucoma congênito são quadros genéticos não evitáveis. Porém, podem ser tratados. Quando isso é feito de forma precoce, e associado a um bom programa de reabilitação visual, consegue-se garantir um bom desenvolvimento visual para a criança”, afirma Dra. Marcela.

Lembrando que o sistema visual da criança não nasce pronto. Ele precisa de estímulo para terminar seu desenvolvimento fora do útero, e tudo que impeça ou atrase esse processo pode levar à baixa visão. O sistema visual se desenvolve por completo por volta dos 7 anos de idade.

Cegueira x baixa visão

Continua depois da publicidade

Nem todas as pessoas consideradas cegas legalmente enxergam tudo preto. “Quem tem uma perda importante do campo visual também é considerado cego. Nestes casos, é adotado o conceito de baixa visão, que ocorre quando há comprometimento do funcionamento visual, mesmo após tratamento ou correção dos erros”, comenta Dra. Marcela. 

Para Dra. Marcela, o movimento Abril Marrom é de suma importância para chamar a atenção da população a respeito da saúde ocular.

O ideal é que todos os pais consultem um oftalmopediatra no primeiro ano de vida do bebê, para prevenir e tratar qualquer condição que possa afetar o desenvolvimento visual normal.

Continua depois da publicidade

"Afinal, a visão é responsável pela captação de 85% das informações enviadas ao cérebro e, desta maneira, torna-se fundamental para o desenvolvimento saudável de nossas crianças”, conclui Dra. Marcela.

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software