Saúde

Brasileiros terão acesso a transplante abdominal e de intestino pelo SUS

A expectativa do governo brasileiro é que a cooperação esteja em funcionamento já nos próximos meses

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 22/05/2015 às 16:01

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Acordo entre Brasil e Argentina vai permitir que brasileiros tenham acesso ao transplante multivisceral – substituição de pelo menos três órgãos abdominais – e ao transplante de intestino pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O anúncio foi feito hoje (22) pelo Ministério da Saúde.

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O termo de cooperação foi firmado entre o ministro da Saúde, Arthur Chioro, e o ministro da pasta na Argentina, Daniel Gustavo Gollan, durante reunião da Assembleia Mundial de Saúde, em Genebra (Suíça). Um dos principais eixos do acordo, segundo a pasta, será a vinda de médicos argentinos experientes com a técnica, que farão o treinamento de profissionais brasileiros.

A expectativa do governo brasileiro é que a cooperação esteja em funcionamento já nos próximos meses. Pacientes com indicação para esse tipo de procedimento poderão receber, de uma só vez, estômago, duodeno, intestino, pâncreas e fígado, retirados em conjunto, de um único doador. “A Argentina realizou mais de 40 cirurgias, sendo reconhecida pela sua capacidade técnica para esse tipo de transplante”, informou o ministério.


Um dos principais eixos do acordo, segundo a pasta, será a vinda de médicos argentinos experientes com a técnica (Foto: Divulgação)

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Entre os pacientes candidatos aos transplantes múltiplos estão os que sofrem de doença hepática crônica com trombose das veias que drenam os intestinos; aqueles com insuficiência intestinal crônica – doença conhecida também como Síndrome do Intestino Curto – que tiveram necessidade de nutrição parenteral por um longo prazo; os submetidos a múltiplas cirurgias abdominais devido a doenças; e pessoas com tumor na região da raiz do mesentério, artérias e veias, com metástase no fígado.

O texto firmado entre os dois países prevê ainda ações como a promoção de intercâmbio de informação técnica sobre projetos, programas e experiências nas diferentes áreas de saúde,  desenvolvimento de programas de intervenção em saúde, a organização de campanhas e de visitas de profissionais e especialistas, a realização de atividades de capacitação e de habilitação, como oficinas, seminários e conferências, e a transferência de tecnologia para promover o abastecimento interno de medicamentos e insumos.

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