A imunização começará por menores com comorbidade, deficiência permanente, indígenas e quilombolas / Divulgação/ Agência Brasil
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O Brasil recebeu na madrugada desta quinta-feira (13) o primeiro lote de vacinas pediátricas contra a Covid. A carga com 1,2 milhão de doses de imunizantes da Pfizer chegou ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), às 4h38.
A distribuição das doses começa nesta quinta, de acordo com o critério populacional, ou seja, será proporcional à população de crianças em cada estado e no Distrito Federal. A previsão é que o público infantil comece a ser vacinado na sexta-feira (14).
As vacinas pediátricas da Pfizer serão aplicadas em crianças de 5 a 11 anos. A imunização começará por menores com comorbidade, deficiência permanente, indígenas e quilombolas. Em seguida, o Ministério da Saúde recomenda que sejam vacinadas crianças que vivem com pessoas dos grupos de risco.
Depois disso, haverá um escalonamento por faixa etária, começando pelos mais velhos.
A informação do Ministério da Saúde é que serão entregues 4,3 milhões de doses de vacinas em janeiro, 7,2 milhões em fevereiro e 8,4 milhões em março.
A vacinação não será obrigatória. "As vacinas contra a Covid são emergenciais e foram autorizadas no âmbito da emergência sanitária e são incluídas apenas no PNO (Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19)", disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na quarta-feira (12).
Em São Paulo, o pré-cadastro para vacinação do público infantil já pode ser feito no site Vacina Já. A estimativa é que 4,3 milhões de crianças comecem a ser vacinadas assim que as doses forem liberadas pelo Ministério da Saúde.
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O pré-cadastro é opcional e não funciona como agendamento, mas agiliza o atendimento nos locais de imunização.
No estado, a vacinação das crianças será realizada em cinco mil pontos de vacinação, além de 268 escolas públicas estaduais.
A DIFERENÇA ENTRE VACINAS PARA ADULTOS E CRIANÇAS
Umas das principais diferenças das vacinas para crianças daquelas que são aplicadas em adultos é a cor das tampas –enquanto as pediátricas são laranjas, as dos maiores de 12 anos são roxas.
O objetivo é facilitar a identificação pelas equipes de vacinação e pelos responsáveis que acompanharão os pequenos nos postos de saúde.
Outro ponto é a dosagem. Enquanto para os maiores de 12 anos as doses da Pfizer são de 0,3 ml, para os mais novos a dosagem é inferior, de 0,2 ml. Nos outros produtos aprovados para adultos, como Coronavac e AstraZeneca, a dose é de 0,5 ml.
O tempo de armazenamento também muda. Enquanto para os mais velhos o imunizante pode ficar na geladeira entre 2ºC a 8ºC durante apenas um mês, para os pequenos são permitidas até dez semanas.
Além disso, o frasco da vacina das crianças comporta dez doses, mais do que a versão para maiores de 12 anos, cujo frasco comporta seis doses.
Uma semelhança entre as duas vacinas é o intervalo entre a primeira e a segunda doses do produto da Pfizer. Tanto para crianças quanto para maiores de 12 anos o espaçamento é de oito semanas.
Em adultos, segundo a Anvisa, o prazo é de duas a quatro semanas com a Coronavac e de quatro a 12 semanas com a AstraZeneca. Em relação à Janssen, a segunda dose deve ser aplicada dois meses após a primeira.
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