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Ela é conhecida por ser uma injeção dolorida. Muito utilizada nas unidades de emergência e hospitais, devido a rapidez e eficácia no combate a algumas infecções, a Benzetacil está em falta no mercado. Enquanto o fabricante não normaliza os estoques, a orientação é substitui-la por outros antibióticos. O medicamento é considerado essencial na rede básica de saúde.
Com fortes dores na garganta e na cabeça, o publicitário Tainan Mariano, de 23 anos, procurou um hospital de Santos na intenção de ter os sintomas aliviados. “Acordei com febre e a garganta fechada. Decidi ir ao hospital tomar uma injeção, como faço sempre, mas dessa vez foi diferente”.
Segundo o publicitário, a médica de plantão, muito atenciosa, diagnosticou uma forte infecção na garganta, mas receitou um antibiótico oral. “Questionei o porque de não tomar a Benzetacil, e ela explicou que eles não estavam recebendo o medicamento e que o antibiótico que ela havia receitado também era bom. Porém a febre podia continuar até dois dias, tempo normal para o efeito”.
O Diário do Litoral entrou em contato com as nove cidades da Baixada Santista. Peruíbe, Guarujá e Cubatão informaram que os estoques estão normais e não enfrentam dificuldades no atendimento à população. Em São Vicente o estoque está reduzido, mas não registrou problemas.
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A Prefeitura de Santos informou que o estoque de Benzetacil não está zerado, no entanto, o medicamento está sendo utilizado, prioritariamente, em casos de sífilis e sífilis congenita.
A UPA de Itanhaém e o Hospital de Bertioga não dispõem do medicamento. A orientação é substitui-lo por outros antibioticos de acordo com o caso de cada paciente. Em Mongaguá, a situação é mais crítica, pois o município não recebe o medicamento há três meses. A Cidade orienta a substituição do medicamento.
A prefeitura de Praia Grande não respondeu até o fechamento desta matéria.
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Normalizado
A Eurofarma, fabricante da Benzetacil (benzilpenicilina benzatina), informou que o produto, que é comercializado pela Supera RX, esteve em falta nos últimos meses devido à escassez do princípio ativo do medicamento. No último dia 29, foi publicado no Diário Oficial da União a inclusão de um novo fornecedor para a aquisição do suprimento.
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A empresa disse ainda que, por fazer parte da relação dos considerados essenciais na rede básica de saúde, a Anvisa analisou o pedido com prioridade e a produção foi retomada. A expectativa é que todo o território nacional esteja suprido até a primeira quinzena de novembro.