Saúde

Anvisa: remédios contra câncer serão importados para evitar desabastecimento

A possibilidade de faltar medicação se deve ao corte de verbas no Ipen, principal produtor do país

Folhapress

Publicado em 29/09/2021 às 18:16

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A Anvisa tirou a página do ar após contato da reportagem / Marcelo Camargo/Agência Brasil

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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou, em reunião da Diretoria Colegiada, critérios para a importação de radiofármacos em virtude do risco de desabastecimento no país.

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Alex Machado Campos, diretor da agência reguladora, explica que essas importações valem para 18 produtos. Até então eles eram providos predominantemente pelo Ipen (Instituto de pesquisas Energéticas e Nucleares). A importação pode ser feita por agentes públicos e privados até o dia 31 de dezembro.

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A decisão foi tomada após o desfalque na produção de radiofármacos gerado por um corte de verba federal no Ipen. A maior parte dos afetados são pacientes que fazem tratamento contra câncer.

"Um quadro desolador. Como se não bastasse a crise da Covid, que já impacta a vida dos hospitais, pacientes, estamos diante de uma situação extremamente grave. A iniciativa não dá solução ao que está ocorrendo, mas pode ser uma alternativa imediata para essa crise", disse o diretor da Anvisa.

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A crise orçamentária que atinge o instituto, órgão vinculado ao MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) e à CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear), estava prevista desde o dia 14 de setembro. Na data, foi enviado um ofício informando que haveria a paralisação da produção dos medicamentos a partir do dia 20.

Diante do cenário, o governo Jair Bolsonaro (sem partido), por meio do Ministério da Economia, liberou na quarta-feira (22) aproximadamente R$ 19 milhões para suprir a demanda de hospitais e clínicas.

Mesmo com essa medida, porém, as instituições já passam por problemas para conciliar tratamentos e diagnósticos nas próximas semanas. Hospitais brasileiros já planejam cancelar ou adiar procedimentos por causa dessa desfalque.

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Além disso, o jornal Folha de S.Paulo apurou que o instituto terá condições de produzir novos radiofármacos somente até meados da segunda quinzena de outubro com o aporte emergencial de R$ 19 milhões. Caso um novo orçamento não seja liberado, a produção poderá parar outra vez, trazendo novos problemas para centros de saúde do país.

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