Saúde

Anvisa diverge do ministério e mantém indicação da Pfizer para os adolescentes

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, orientou a suspensão da vacinação de adolescentes sem comorbidades.

Estadão Conteúdo

Publicado em 16/09/2021 às 20:08

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Vacinação em adolescentes segue em todo o País / Prefeitura Municipal de São Vicente

Continua depois da publicidade

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) manteve a aprovação da vacina contra covid-19 da Pfizer para adolescentes de 12 a 17 anos. A informação consta em boletim emitido pelo órgão na noite desta quinta-feira, 16, e vem após o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, orientar a suspensão da vacinação de adolescentes sem comorbidades.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

"Com os dados disponíveis até o momento, não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações da bula aprovada, destacadamente, quanto à indicação de uso da vacina da Pfizer na população entre 12 e 17 anos", diz a Anvisa, que cita a liberação do imunizante para a mesma faixa etária em países como Estados Unidos, Reino Unido e também na União Europeia. "Benefícios da vacinação excedem significativamente os seus potenciais riscos", lembra o órgão.

Continua depois da publicidade

Mais cedo, Queiroga orientou a suspensão da aplicação de imunizantes em adolescentes sem comorbidades, mesmo para aqueles que já tomaram a primeira dose. O ministro falou em falta de "evidências científicas sólidas" e citou um caso de óbito de adolescente após receber o imunizante. Em seguida, ponderou a falta de relação causal comprovada entre a morte e a vacina.

Em nota, a Anvisa esclarece que a liberação do imunizante da Pfizer para adolescentes se deu após a apresentação de estudos de fase três com dados de segurança e eficácia e, ainda, reforçou a falta de informações sobre o óbito citado por Queiroga.

Continua depois da publicidade

"No momento, não há uma relação causal definida entre este caso e a administração da vacina. Os dados recebidos ainda são preliminares e necessitam de aprofundamento para confirmar ou descartar a relação causal com a vacina", diz a agência. "Todas as vacinas autorizadas e distribuídas no Brasil estão sendo monitoradas continuamente pela vigilância diária das notificações de suspeitas de eventos adversos", acrescenta.

Já a vacinação de adolescentes com comorbidades deve ser concluída com a segunda dose, orientou Queiroga na coletiva de hoje. A Pfizer é a única vacina aprovada pela Anvisa para aplicação em adolescentes de 12 a 17 anos.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software