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A doença de Alzheimer é a mais frequente forma de demência entre idosos. É caracterizada por um progressivo e irreversível declínio em certas funções intelectuais: memória, orientação no tempo e espaço, pensamento abstrato, aprendizado, incapacidade de realizar cálculos simples, distúrbios da linguagem, da comunicação e da capacidade de realizar tarefas cotidianas.
A doença desenvolve-se como resultado de uma série de eventos complexos que ocorrem no cérebro. Basicamente se manifesta pela alteração de todas as funções cerebrais. Sendo o cérebro o único órgão do corpo primariamente afetado.
“A partir dos 65 anos, a doença se manifesta de forma mais frequente, porém pode se manifestar em idades mais precoces, principalmente a partir dos 50 anos. A doença pode ser hereditária em sua forma rara”, explica o médico geriatra, Dr. Thiago Monaco.
Evolução
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A doença evolui da seguinte forma: Leve, moderada, moderadamente grave e grave. Nos casos mais leves, apenas lapsos de memória podem ser as únicas manifestações. Nos mais graves, o paciente mostra-se dependente de terceiros para suas atividades diárias e sobrevivência.
Já nos casos mais avançados, há perda do senso crítico, o que em algumas vezes pode levar a necessidade de interdição do paciente. “Não existe prevenção para o Alzheimer. Alguns estudos sugerem que atividades intelectuais como leitura, por exemplo, podem retardar as manifestações clínicas da doença”, alerta o geriatra.
Diagnóstico precoce
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Todas as pessoas possuem lapsos de esquecimento, independente de idade, porém, quando acontece com frequência pode ser indício de um quadro patológico. É preciso atentar aos primeiros sinais de esquecimento e desorientação. “Recomenda-se que a família tente conversar com seu ente querido sobre o que está percebendo, observando em quais momentos estes sintomas são mais recorrentes e, sobretudo, se estão aumentando e interferindo nas atividades rotineiras”, adverte Thiago.
O diagnóstico da doença é feito por meio de avaliação clínica detalhada e exame físico completo. Exames complementares podem ser úteis e a avaliação neuropsicológica tem sido solicitada com muita frequência pelos profissionais.
Por se tratar de uma doença progressiva, neurodegenerativa e irreversível, o quadro pode piorar de forma.
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Uma parcela dos doentes, especialmente nas fases iniciais e intermediárias, pode se beneficiar de medicamentos específicos para o tratamento. Entretanto, não existe nenhum medicamento que garanta a cura ou que interrompa definitivamente o curso da doença.
Convivendo com Alzheimer
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Lidar com uma nova realidade é sempre difícil, principalmente quando se refere a um diagnóstico de Alzheimer. Esta é uma das razões que podem fazer com que alguns pacientes manifestam sintomas de depressão. A tristeza constante, o negativismo, o pessimismo e a desesperança podem aumentar.
Incentivar o enfrentamento das dificuldades, estimular pensamentos positivos e especialmente oferecer apoio emocional no escopo de transmitir tranquilidade, principalmente nos momentos de angústia e irritação torna-se indispensável.
Auxiliar no controle do uso de medicações; ajudar na orientação temporal utilizando calendário; auxiliar nas atividades diárias criando rotinas, são algumas maneiras de atenuar a situação. Procurar um grupo de apoio e acompanhamento psicoterapêutico também podem ajudar no processo de acompanhamento do paciente.
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Outra dica bastante recomendada é ler sobre o assunto e receber orientação de profissionais. A doença exige paciência, dedicação e compreensão. A negação da realidade, a falta de paciência, a ignorância e o abandono, são os principais fatores que favorecem para um isolamento do paciente e possível agravo da doença. O doente de Alzheimer morre por complicações associadas à doença, principalmente por infecção respiratória.
“A solidariedade, o apoio e a compreensão não podem faltar nos cuidados com o doente. O paciente não deve sentir-se excluído da rotina e convívio familiar, pois, a doença, por si só, não acarreta primariamente a morte”, finaliza o geriatra.
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