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Celebrado em 26 de abril, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial serve como alerta para a população sobre os perigos causados pela doença. A Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) conscientiza sobre a hipertensão arterial, considerada uma enfermidade silenciosa, que com o passar dos anos, se não tratada, pode causar danos irreparáveis à saúde e bem estar físico, sendo motivo frequente de causas de morte, como o infarto, acidente vascular cerebral e insuficiência renal.
A hipertensão arterial é definida como uma condição clínica quando o nível de pressão, particularmente da pressão arterial mínima, apresenta permanentemente elevação. “Toda a vez que medimos os níveis da pressão arterial, há a medida da pressão máxima e da pressão mínima O que significa isto: o primeiro valor (pressão máxima) está relacionado com a força de contração do coração (ventrículo esquerdo) para impulsionar o sangue, visando nutrir todos os órgãos e tecidos do corpo humano. O segundo valor (pressão mínima) diz respeito ao que se denomina de resistência periférica, ou seja, a força mecânica que o sangue deve vencer ao nível dos pequenos ramos arteriais dos órgãos e tecidos (arteríolas) para poder nutrir adequadamente os tecidos”, afirma o patologista Marcello Fabiano de Franco, da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP).
A hipertensão arterial está diretamente relacionada ao aumento da pressão mínima, quando os pequenos ramos arteriais nos órgãos e tecidos estão contraídos, obstruídos ou lesados, dificultando a passagem do sangue e, portanto, impedindo a nutrição adequada dos tecidos.
O aumento da resistência periférica e o estado de hipertensão arterial podem ocorrer sem uma causa conhecida (hipertensão arterial primária ou idiopática) ou acontecer devido a uma doença que pode causar hipertensão arterial, como a doença renal crônica, estenose das artérias renais, tumores da glândula adrenal, entre outras condições (hipertensão arterial secundária).
“A grande maioria dos casos de hipertensão arterial é de natureza primária, sem causa conhecida. Portanto, a hipertensão arterial é considerada doença que deve ser tratada na fase inicial. Sem dúvida, as elevadas taxas de incidência dessa doença no Brasil, cerca de 30% da população, constituem grave problema de saúde pública, que tem atraído a atenção dos órgãos públicos”, completa Franco.
Entre as causas mais relevantes relacionadas com a alta prevalência da doença na população está a predisposição genética; estilo de vida, envolvendo pouca atividade física e condições constantes de stress; ansiedade; preocupações; e alimentação rica em alimentos com muito sal.
Se não tratada, o estado permanente de hipertensão arterial acaba por comprometer o coração e o sistema circulatório, incluindo as artérias e arteríolas, sistemicamente. As artérias e os pequenos ramos arteriais (arteríolas), em consequência da alta pressão em suas paredes, vão se hipertrofiando, degenerando, espessando, causando lesões irreversíveis, como a arteriosclerose (ramos arteriais de maior calibre) e arteriolosclerose (ramos arteriais menores). “O sistema arterial como um todo vai se tornando rígido, inelástico, dificultando a passagem do sangue bombado pelo coração (ventrículo esquerdo) e assim diminuindo a nutrição dos órgãos e tecidos”, alerta o patologista.
Também, é importante salientar que as lesões da hipertensão arterial nos rins, frequentemente associadas às do diabetes mellitus, são as causas mais comuns da perda da função renal, com necessidade de transplante de rim.
Formas de prevenção
De acordo com o membro da Sociedade Brasileira de Patologia, a hipertensão arterial afeta predominantemente a população adulta e é possível afirmar que o homem tem a idade de suas artérias. Para prevenir o sistema circulatório dos malefícios da doença é preciso ter uma vida saudável; boa alimentação, restringindo o sal; manter bom peso; evitar vida ociosa, sem atividade física; controlar o stress, excesso de trabalho, ansiedade e preocupações. “Sabemos que nada é fácil na vida, porém com coragem e determinação vamos à luta para controlar e manter os níveis de nossa pressão sanguínea dentro da normalidade” finaliza Franco.
Tratamento
As formas de tratamento da hipertensão arterial envolvem, em primeiro lugar, determinar se a hipertensão é primária ou secundária. Quando é secundária, é importante tratar a doença de base que está causando o estado hipertensivo, como corrigir a estenose da artéria renal, excisar o tumor da adrenal e etc.
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