Saúde

Alerta: 1º de caso de 'fungo negro' em paciente com covid-19 é identificado em São Paulo

Doença de alta letalidade que necrosa a face já fez 9 mil vítimas em infectados pelo coronavírus na Índia

Folhapress

Publicado em 02/06/2021 às 15:35

Compartilhe:

Ela necrosa os tecidos da face, atingindo nariz, olhos e podendo invadir o cérebro. / Reprodução/Internet/Stockpexel – Shutterstock

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP está investigando um caso de mucormicose — a temida doença conhecida popularmente como “fungo negro” — em um paciente com Covid-19.

ALERTA

O surgimento do “fungo negro” associado à Covid-19 na Índia acendeu o sinal de alerta no mundo. Mais de 9 mil doentes infectados pelo novo coronavírus tiveram a doença. No Brasil, outros dois casos são investigados, em Santa Catarina e em Manaus. O Ministério da Saúde já está acompanhando o estudo em SP.

ALERTA 2 

A doença, no Brasil, é extremamente rara — mas fulminante e fatal. Ela necrosa os tecidos da face, atingindo nariz, olhos e podendo invadir o cérebro. “O fungo se multiplica e invade os vasos sanguíneos”, afirma o médico Marcello Mihailenko Chaves, da clínica de moléstias infecciosas e parasitárias do HC. A região escurece —daí a doença ser chamada popularmente de ‘fungo negro’, nome que não é adotado pela ciência.

ALERTA 3 

Para evitar o óbito, os médicos têm que realizar complexas cirurgias que muitas vezes implicam na retirada dos olhos e até mesmo de um pedaço do cérebro. A pessoa fica mutilada. Cerca de 50% não resistem e morrem.

PERFIL 

O paciente brasileiro agora em estudo no HC é jovem (tem menos de 40 anos), teve um quadro moderado de Covid-19 e não apresenta as comorbidades associadas ao “fungo negro”.

PERFIL 2 

O diabetes é uma das condições associadas à doença. Ela aumenta a glicose e favorece a proliferação do fungo. Pacientes com transplante de medula óssea e com doenças onco-hematológicas também estariam predispostos.

PERFIL 3 

No caso de doentes com quadros graves de Covid-19, a hipótese é de que vários fatores podem contribuir para a proliferação do fungo, segundo Mihailenko Chaves. O uso de corticoides, por exemplo, aumenta a glicose. A contração dos vasos sanguíneos (vasoconstrição) pode levar à acidose (quando o sangue fica mais ácido). E a Covid-19 pode gerar uma inflamação exuberante. As três condições, combinadas, facilitariam o surgimento da mucormicose.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Diário Mais

Saiba qual cidade tem o metro quadrado mais caro do litoral de SP

Levantamento foi elaborado pelo DataZap

Cotidiano

Jovem de 14 anos desaparece em rio do Vale do Ribeira

Garoto nadava em rio na companhia de outros menores quando acabou levado pela correnteza

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter