Saúde

Agência Europeia de Medicamento aprova vacina contra malária

A vacina foi batizada de "RTS,S" ou "Mosquirix", da empresa de produtos biológicos "GlaxoSmithKline" (GSK)

Agência Brasil

Publicado em 24/07/2015 às 12:15

Atualizado em 09/06/2022 às 20:30

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

A Agência Europeia de Medicamento (EMA) aprovou hoje (24) a vacina experimental mais avançada do mundo contra a malária. A vacina foi batizada de "RTS,S" ou "Mosquirix", da empresa de produtos biológicos "GlaxoSmithKline" (GSK).

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Destinada às crianças entre seis semanas e 17 meses, a vacina ultrapassa uma das últimas etapas antes da comercialização, mas ainda será necessária a recomendação da Organização Mundial da Saúde  antes de uma eventual difusão, principalmente na África.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Remédio em estudo mostra efeito promissor contra o Alzheimer

• ANS admite em ata que norma contra cesáreas foi feita de forma 'intempestiva'

• Epidemia de ebola ainda não acabou, alerta OMS

De acordo com um estudo feito ao longo de vários anos, publicado em abril, a "RTS,S" tem uma eficácia modesta e baixa ao longo do tempo, mas é atualmente a vacina experimental mais promissora contra à malária. A doença mata, em média por dia 1,2 mil crianças na África subsaariana.

A vacina destina-se "a imunizar as crianças com idades entre as seis semanas e os 17 meses contra a malária e a hepatite B. Após décadas de investigação sobre a vacinação contra a malária a 'Mosquirix' é a primeira vacina contra a doença a ser avaliada por uma autoridade de regulação", indicou a EMA, com sede em Londres.

Continua depois da publicidade

Com base nos resultados do estudo feito a Comissão dos medicamentos para uso humano da EMA concluiu que, apesar da eficácia limitada, a relação sobre benefício e risco da 'Mosquirix' é favorável nos dois grupos de idade estudados.

Estudos  em bebês

O estudo foi feito em um grupo de bebês, de seis a 12 semanas, e em outro, de cinco a 17 meses, em uma amostra total de aproximadamente 15,5 mil crianças de sete países africanos (Burkina-Faso, Gabão, Gana, Malaui, Moçambique, Quénia, e Tanzânia).

Continua depois da publicidade

Alguns bebês receberam uma injeção de reforço 18 meses após a última dose da vacina inicial, que foi administrada em três doses durante os três primeiros meses de vida. Nos lactentes a vacinação inicial foi seguida por uma dose de reforço, a redução das crises foi 26% nos três anos de monitorização, mas não se registou uma proteção significativa contra os ataques graves de malária.

Nas crianças que receberam uma dose de reforço, o número de episódios clínicos simples de malária depois de quatro anos baixou um pouco mais de um terço (36%). Sem dose de reforço, a vacina não demonstrou eficácia significativa contra a malária grave neste grupo etário.

"Temos finalmente uma vacina que funciona, mas não tão bem quanto esperávamos a princípio", reagiu Nick White, professor de medicina tropical na Universidade Mahidol em Banguecoque e em Oxford (Reino Unido).

Continua depois da publicidade

Na quarta-feira (22), o médico Ripley Ballou, responsável pela investigação de vacinas na GSK, considerou ter sido dado "um passo significativo": "Trabalhei 30 anos nesta vacina e é um sonho tornado realidade."

A malária, devido ao parasita 'Plasmodium' transmitido por mosquitos, matou 584 mil pessoas em todo o mundo em 2013, sobretudo na África, de acordo com a OMS. As crianças com menos de cinco anos de idade representam pelo menos três quartos destas mortes.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software