Cultura

Vanessa Rosa leva 'Pequenos Marcianos' para a Bienal do Livro de SP

Artista brasileira, que mistura arte tradicional e inteligência artificial, apresenta seu livro infantil "A Carta de Verdelis"

Jeferson Marques

Publicado em 25/08/2024 às 08:34

Atualizado em 25/08/2024 às 09:23

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A escritora Vanessa Rosa é um dos destaques da Bienal do Livro de SP deste ano / Reprodução

Apaixonada por arte e inteligência artificial, a artista visual Vanessa Rosa vai lançar seu livro infantil, “A Carta de Verdelis”, na Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

Morando nos Estados Unidos desde 2020, ela retorna ao Brasil para apresentar a obra de ficção científica voltada para leitores a partir dos 9 anos. O livro, que será lançado pela editora Arte do Tempo, novo selo da Viajante do Tempo, apresenta os Pequenos Marcianos, personagens encantadores que sofreram mutações para se adaptar a um ambiente em mudança. Eles nos mostram uma visão em que a tecnologia e a natureza coexistem em perfeita harmonia e a consciência humana vive em sintonia com todos os seres vivos. Os Pequenos Marcianos nos convidam a sonhar com um amanhã, onde a mais avançada tecnologia brota da própria natureza, como uma flor futurista em um jardim cósmico.

As ilustrações do livro, baseadas em esculturas de cerâmica criadas pela própria autora e transformadas por ela em modelos autorais de inteligência artificial, dão vida a esse mundo de Pequenos Marcianos, onde não existe diferença entre o que é high-tech e o que é orgânico - tudo faz parte da mesma teia da vida.

O livro compartilha a mesma temática e personagem da animação "Little Martians: Dear Human, My Muse", curta-metragem da artista que já ganhou mais de sete prêmios em festivais internacionais de cinema. Desde 2023, Vanessa é artista em destaque na galeria de arte e inteligência artificial da Nvidia com o universo de ficção científica dos Pequenos Marcianos, evidenciando o caráter inovador de seu trabalho. 

Durante a Bienal, Vanessa vai expor as esculturas no estande da editora Viajante do Tempo e está ansiosa para interagir com o público e outros artistas. “Eu queria contar a história de origem de Verdelis de uma forma acessível. Ficção científica para crianças é um campo que precisa crescer muito. Esta nova geração vai crescer com Inteligência Artificial e quase não há narrativas que vão além do cenário de catástrofe ou da IA como robôs perigosos. Meu maior objetivo é apresentar uma visão de futuro cheio de esperança, em que tecnologia e natureza se complementam, a vida da Terra floresce através do sistema solar e a consciência humana não é mais desconectada dos outros seres vivos”, comenta Vanessa, que já almeja voos mais altos para seu trabalho. “Quero continuar esta história, enquanto série, e aproveitar para divulgar conceitos científicos de vanguarda para um público amplo de uma forma lúdica. Estou conversando com alguns cientistas sobre a possibilidade de colaboração”, completa.

*Foto de Gene Kogan

Formada em História da Arte pela UERJ, Vanessa Rosa começou sua carreira no Rio de Janeiro, em 2010, pintando murais com grafite cheios de história e cultura. Com o passar do tempo, a pintura totalmente livre seguiu um outro caminho: uma mistura de várias mídias. Seu trabalho evoluiu para contos de história mundial e intercâmbio cultural, de azulejos portugueses, geometria sagrada islâmica, porcelana chinesa ao estudo de etnomatemática e padrões dentro de sociedades indígenas. Em 2020, durante a pandemia, Vanessa mergulhou na ficção científica e se mudou para a “Mars College”, um experimento artístico no deserto da Califórnia que parece outro planeta. Foi lá que nasceram os Pequenos Marcianos.

Em sua trajetória, Vanessa já fez pinturas murais, exposições e outros projetos por todo o mundo. Alguns dos mais importantes incluem: o universo de ficção científica 'Pequenos Marcianos', apresentado na Nvidia AI Art Gallery (2023-2024); a série de livros de história da arte ‘Os Mundos de Diana' (2020); exposições em espaços culturais de grande prestígio como o Gray Area (São Francisco 2022) e o palácio de Bückeburg (2024); um mural em grande escala para a Pioneer Works (Nova York, 2017); e uma comissão para a ONU Mulheres (2014).

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