Livro 'A Cadeira Mágica do Meu Vizinho', é escrito pelo professor universitário Paulo Valiengo e com ilustrações de Alexandre Bar / Carlos Nogueira/PMS
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Quem nunca brincou de imaginar e criar histórias na infância? E se fosse possível usar essa mesma imaginação para incluir e se divertir com crianças que têm limitações físicas? Essa é a proposta do livro ‘A Cadeira Mágica do Meu Vizinho’, escrito pelo professor universitário Paulo Valiengo e com ilustrações de Alexandre Bar. A novidade chega em um momento oportuno: durante a 10ª edição da Virada Inclusiva, promovida pela Prefeitura de Santos.
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Paulo é publicitário e professor nas universidades Santa Cecília (Unisanta) e São Judas (Unimonte). Ele nem pensava em ser autor de livro, quando teve a ideia de dar vida às personagens Lívia e Théo. O insight surgiu durante a pandemia, em 2021. Com mais tempo em casa, começou a revisitar os livros da filha, que não por acaso chama-se Lívia. Lembrou-se de um que contou e recontou para elas várias vezes. A partir daí, decidiu que seria uma publicação infantil, divertida e que estimulasse a imaginação dos pequenos e também promovesse a inclusão de forma lúdica. A obra só saiu do forno no final do mês passado.
“A inclusão é um tema cada vez mais importante e discutido em nossa sociedade. É fundamental que as crianças aprendam desde cedo a respeitar as diferenças e a conviver com pessoas que têm limitações físicas”, destaca o autor.
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‘A Cadeira Mágica do Meu Vizinho’ mostra como é possível brincar e se divertir com crianças que estão em cadeira de rodas ou outras limitações. A história gira em torno de Lívia, a personagem principal, que conta ao seu pai suas aventuras ao brincar com seu novo amigo, Théo, que é cadeirante.
“A ideia é mostrar como eles conseguem brincar juntos de forma divertida e inclusiva, usando a imaginação e transformando a cadeira de rodas em diferentes objetos, como uma nave espacial, uma máquina do tempo e até um ônibus maluco”.
O livro mostra que é possível adaptar as brincadeiras e estimular a imaginação da criançada, independentemente de suas limitações e ainda pode ser uma ferramenta para os pais ensinarem seus filhos sobre inclusão e respeito às diferenças.
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“A narrativa mostra que a menina não tem pena do amigo cadeirante, não o trata como um coitadinho e não faz questão de destacar sua condição. Pelo contrário, para ela é completamente normal e tudo bem que ele seja cadeirante. É uma mensagem importante para todas as crianças: as diferenças físicas não devem ser motivo de exclusão, mas sim de descoberta e aprendizado”, destaca.
SUPERANDO OBSTÁCULOS
O livro foi lançado após um processo desafiador de produção da obra. Paulo enfrentou a descoberta de um câncer cerebral e passou por duas cirurgias. Também teve que lidar com um contratempo: o caminhão que transportava os livros foi roubado na semana marcada para o lançamento. No entanto, o publicitário superou todos os obstáculos com sucesso no lançamento.
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A leitura é recomendada tanto para crianças quanto para pais e pode se tornar um presente significativo para os pequenos, estimulando a criatividade e o respeito às diferenças.
E quando falamos sobre a infância, a inclusão se torna ainda mais essencial, por ser o período em que as crianças começam a construir suas visões de mundo e a formar suas opiniões sobre as diferenças.
“Ainda há muito a ser feito para garantir que todas as pessoas sejam tratadas de forma igualitária, independentemente de suas diferenças. E podemos mostrar também para os pais que é possível, sim, você usar a imaginação tanto pra brincar com seus filhos quanto para estimular que o seu filho trate da mesma forma quem é diferente ou tem alguma limitação. E pode ser tão divertido ou mais”.
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Há ainda outro diferencial tratado na publicação: a relação entre pais e filhos. Toda a história é baseada na conversa de Lívia com seu pai que chega de viagem e quer saber como foi a semana da filha.
“Essa atenção do pai é muito significativa, pois mostra que o relacionamento familiar é tão importante quanto a inclusão social. É fundamental que os pais estejam atentos e dispostos a ouvir seus filhos, mostrando interesse pelas suas histórias e sentimentos. O final da história é surpreendente e logicamente não será revelado aqui”, brinca Paulo.
Ficou curioso? Então, está aí a dica: o livro pode ser adquirido pelo Instagram da Editora Kaiju (@kaijueditora) ou pelo WhatsApp (13) 99125 0406.
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