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O Metallica não veio pela terceira vez consecutiva ao Rock in Rio no Brasil por um acaso da vida. James, Lars, Kirk e Robert sabem bem o que fazem. E justamente por isso, a cada show em terras tupiniquins, deixam um legado diferente. Desta vez, entretanto, um pitoresco problema de som interferiu diretamente no desempenho da banda na madrugada deste domingo (20). Os gigantes do metal foram silenciados por longos minutos. A Cidade do Rock ficou muda. O que estaria acontecendo? Constrangidos, eles abandonaram o Palco Mundo. Pouco tempo depois, retornaram com a acústica The Unforgiven para recolocar as coisas nos eixos. "Vocês podem me ouvir", perguntou James Hetfield. "Acho que sim. Vamos recomeçar, então", brincou.
Fato é que o grave problema quebrou o ritmo ensandecido da apresentação do quarteto. O rock pesado, as guitarras frenéticas e o repertório variado: tudo que se viu ali depois foi uma banda um tanto quanto constrangida e perdida, apesar dos anos de estrada e experiência.
O começo da apresentação foi muito boa, é verdade. O atraso de 40 minutos foi recompensado com um início fulminante, digno da grandeza do Metallica "Rio de Janeiro, espero que vocês estejam bem porque o Metallica está com vocês", berrou James Hetfield logo no início do show. Fuel, do disco Reload (1996), se encarregou de abrir os trabalhos.
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Durante a execução de Turn The Page, mais problemas de som. James parecia irritado. Em alguns momentos, chegou a berrar com a equipe de som e, meio sem jeito, disse um 'Obrigado' pouco convidativo.
'One' e 'Master of Puppets', dois clássicos do Metallica, vieram na sequência. A impressão que dava era de que a banda queria terminar logo aquele show. A guitarra de Kirk não era mais a mesma. Com pressa, ele pouco solou e, quando o fez, foi sucinto. Sem espaços para o improviso, como de costume.
Segundo a organização do Rock in Rio, a parada no som ocorreu devido a uma desconexão da linha de saída de som entre a mesa da banda e a do festival.
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Se o Rock in Rio pecou pelo line-up repetitivo e um modelo de entretenimento arriscado, no qual privilegia tudo menos a música o Metallica pagou por isso. E pagou caro. O erro, claro, não arranhou a imagem de James e companhia no Rock in Rio. Afinal, foram duas apresentações (2011 e 2013) impecáveis.
Mas, de alguma forma, o fato contradisse o lema de Medina de que música pode ficar para depois. Não, não pode. Não quando o assunto é rock 'n' roll e Rock in Rio.
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