O local abrigará novamente a sede da Fundação Arquivo e Memória de Santos (Fams) / Isabela Carrari/PMS
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Patrimônio histórico, marco do início do povoamento da Vila de Santos e destaque do roteiro turístico pelo Centro Histórico e da Linha Turística do Bonde, o Outeiro de Santa Catarina (Rua Visconde do Rio Branco, 48) foi entregue restaurado à Cidade na manhã desta sexta-feira (28), dentro das comemorações do aniversário de 476 anos do Município.
A obra contemplou recuperação de todas as fachadas e ornamentos, itens de segurança, acessibilidade e outras melhorias. O local abrigará novamente a sede da Fundação Arquivo e Memória de Santos (Fams), que gerencia arquivos públicos da Administração Municipal e a memória documental e iconográfica da Cidade.
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Durante a cerimônia de entrega do Outeiro, a vice-prefeita Renata Bravo destacou o planejamento da obra. "Foi um processo muito cuidadoso de restauro porque não é só a revitalização de mais um prédio no Centro Histórico, é também o resgate, uma revitalização da história de Santos. Esse equipamento será muito importante para o turismo, o que reflete positivamente na retomada econômica, que é uma das nossas missões".
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MARCO INICIAL
O diretor-presidente da Fams, Luiz Dias Guimarães, explicou que o local será reaberto em breve ao público, que poderá assistir a diversas apresentações teatrais, lúdicas e culturais, voltadas a todas as idades. "O Outeiro é o marco inicial da Cidade, então é de um simbolismo fantástico a recuperação deste equipamento", ressaltou.
O projeto de restauro foi assinado pelo arquiteto Ney Caldatto. Os trabalhos, sob fiscalização da Secretaria de Infraestrutura e Edificações (Siedi), tiveram custo de R$ 3,2 milhões, custeados pelos Terminais Ageo por meio de Termo de Responsabilidade de Implantação de Medidas Mitigadoras ou Compensatórias (Trimmc).
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"Nós, dos Terminais Ageo, estamos orgulhosos em participar junto com a Administração Municipal da restauração do marco inicial da Cidade, expoente dentre as edificações do Centro Histórico de Santos", disse o diretor dos Terminais Ageo, João Bergomas.
MELHORIAS
O serviço também envolveu aplicação de massa e pintura na alvenaria do prédio principal e recuperação dos ornamentos dos arcos da fachada. O painel artístico passou por limpeza e recuperação, assim como os gradis e guarda-corpos das escadas. Para garantir acessibilidade, foi construída uma caixa de circulação externa com elevador e escada, além de uma plataforma entre os dois imóveis para acessar a Casa de João Éboli.
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A intervenção compreendeu ainda iluminação cenotécnica das fachadas; remoção e limpeza de telhas, calhas e rufos; reprodução de elementos decorativos; substituição das tábuas deterioradas do assoalho; pintura geral; limpeza e rejuntamento do painel de azulejo e aplicação de inseticida nas madeiras do piso e estrutura da cobertura.
OUTEIRO, A CASA ACASTELADA
No século XVI, o casal Luis Góis e Catarina de Aguillar ergueu, na base do pequeno morro, a Capela de Santa Catarina de Alexandria, junto à qual foi construída, em 1543, a primeira Santa Casa do País. Desde então, a região passou a ser ocupada, estendendo-se ao local que mais tarde seria a 'Vila de Santos' e, por fim, Santos.
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Durante anos, o outeiro forneceu pedras para o calçamento das ruas e a ampliação do porto. Entre 1880 e 1884, o médico italiano João Éboli construiu uma casa acastelada no bloco de rocha que restou do monte e, em 1922, a Câmara Municipal reconheceu o Outeiro de Santa Catarina como sendo o marco inicial do povoamento da Cidade.
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