Filme é inspirado na história real de uma mulher transexual que sonha em casar na igreja / Divulgação
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O novo longa de Marcelo Gomes, PALOMA, está entre os pré-selecionados para disputar a vaga de representante do Brasil no Oscar na categoria Melhor Longa-Metragem em Língua Estrangeira. O anúncio foi feito nessa terça-feira pela Academia Brasileira de Cinema, e o escolhido será divulgado na próxima segunda (05). O longa fará sua estreia nacional no Festival do Rio, no qual participa da Mostra Competitiva da Première Brasil, que acontece entre 6 e 16 de outubro, e depois chega aos cinemas em 10 de novembro.
"Fico muito feliz com essa pré-seleção, pois PALOMA é um filme que fala de amor e fé sob o ponto de vista de personagens que são muito pouco representados no cinema brasileiro. Graças a essa indicação do filme, eles e elas terão uma maior visibilidade, e suas histórias serão levadas a um maior número de brasileiros e brasileiras", define o diretor. A personagem-título do longa é uma mulher transexual que sonha em se casar numa igreja católica.
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Selecionado para diversos festivais nacionais, como o Festival do Rio, e internacionais, em cidades como Londres e Huelva, o filme fez sua première mundial no Festival de Munique em julho passado.
Produzido pela pernambucana Carnaval Filmes, em coprodução com a portuguesa Ukbar Filmes, o longa será lançado em cinemas pela Pandora Filmes, e as vendas internacionais estão a cargo da Memento Films, que já trabalhou internacionalmente filmes premiados como Chame pelo meu nome, Sono de Inverno e A separação.
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Kika Sena, arte-educadora, diretora teatral, atriz, poeta e performer, interpreta Paloma, uma mulher trans que trabalha como agricultora no sertão de Pernambuco. Seu maior sonho é se casar na igreja católica, com seu namorado Zé (Ridson Reis). Eles já vivem juntos, e criam uma filha de 7 anos chamada Jenifer (Anita de Souza Macedo). O padre, porém, recusa o pedido, mas nem por isso Paloma desistirá de realizar seu sonho.
O roteiro assinado por Marcelo Gomes, Armando Praça e Gustavo Campos, partiu de uma notícia que o diretor leu num jornal sobre uma mulher trans que sonhava em casar numa igreja católica com véu e grinalda.
Em sua equipe artística, PALOMA conta Pierre de Kerchove ("Eu quero voltar sozinho, "Joaquim"), na direção de fotografia; Rita M. Pestana ("Fortaleza Hotel") assina a montagem; e a direção de arte é de Marcos Pedroso ("Cinema, Aspirinas e Urubus, "Madame Satã"). O casting foi feito por Maria Clara Escobar. E preparação de elenco por Silvia Lourenço. A produção do filme é de João Vieira Jr. e Nara Aragão.
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Sinopse
Paloma é uma mulher trans que está decidida a realizar seu maior sonho: um casamento tradicional, na igreja, com o seu namorado Zé. Ela trabalha duro como agricultora numa plantação de mamão, e está economizando para pagar a festa. A recusa do padre em aceitar seu pedido obrigará Paloma a enfrentar a sociedade rural. Ela sofre violência, traição, preconceito e injustiça, mas nada abala sua fé.
Ficha Técnica
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Direção: Marcelo Gomes
Roteiro: Marcelo Gomes, Armando Praça e Gustavo Campos
Produzido por: João Vieira Jr. e Nara Aragão
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Coprodutores: Pandora da Cunha Teles, Pablo Iraola e Ernesto Soto Canny
Produtores Associados: Paula Cosenza, Caio Gullane e Fabiano Gullane
Elenco: Kika Sena, Ridson Reis, Zé Maria, Suzy Lopes, Ana Marinho, Samya de Lavor, Wescla Vasconcellos, Patrícia Dawson, Nash Laila, Márcio Flecher, Buda Lira, Anita de Souza Macedo
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Direção de Fotografia: Pierre de Kerchove
Montagem: Rita M. Pestana
Direção de Arte: Marcos Pedroso
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Coprodução: Carnaval Filmes, Gullane, Misti Filmes, Ukbar Filmes, REC Produtores.
Distribuição no Brasil: Pandora Filmes.
Agente de Venda Internacional: Memento International
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Locações: filmado na cidade do Crato (sertão do Cariri, Ceará) e na Ilha de Itamaracá (Pernambuco).
Gênero: drama
Sobre Kika Sena
Kika Sena é atriz, arte-educadora, diretora teatral, poeta e performer brasileira. Graduada em Licenciatura em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília (UnB) e mestranda em Teoria em Prática das Artes Cênicas pela Universidade Federal do Acre, Kika Sena é pesquisadora nas áreas de gênero, sexualidade, raça e classe. A partir de 2015, vem desenvolvendo pesquisas relacionadas à área de voz e palavra em performance com cunho político referente ao corpo da mulher trans e travesti na cena teatral e social brasileira. Em 2017 lançou o livro Periférica, pela Padê Editorial, antecedido por Marítima, 2016, publicação independente. Sua publicação mais recente, também de forma independente, é a zine Subterrânea, de 2019. Também em 2019 dirigiu o espetáculo teatral Transmitologia (DF). Já em 2020, em parceria com AsAguadeiras, dirigiu o espetáculo teatral "DesQuite"(AC). Seu trabalho teatral mais recente é o espetáculo Ovelha Dolly (AC), dirigido por Sarah Bicha.
Sobre Marcelo Gomes
Cineasta nascido em Recife, teve seus primeiros contatos com o cinema como participante de um cineclube. Em 2002, foi corroteirista do longa-metragem Madame Satã, de Karim Aïnouz. Em 2005, lançou seu primeiro longa-metragem, Cinema, aspirinas e urubus, selecionado para a mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes. Em 2012, dirigiu e roteirizou Era uma vez eu, Verônica, filme vencedor de sete prêmios no Festival de Brasília. O homem das multidões (2013), codirigido com Cao Guimarães, foi selecionado para a mostra Panorama do Festival de Berlim. Seu filme de ficção mais recente, Joaquim (2017), foi selecionado para a competição pelo Urso de Ouro na Berlinale. Seu documentário Estou me guardando para quando o carnaval chegar estreou nos cinemas em 2019, e ganhou diversos prêmios, entre eles Melhor Documentário no Festival Melhores do Ano do Sesc, e Melhor Documentário e Melhor Montagem, no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.
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