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Há exatos 34 anos, no dia 8 de dezembro de 1980, John Lennon foi assassinado por volta das 22h, na portaria do edifício Dakota, em frente ao Central Park, onde morava com a esposa Yoko Ono e o filho Sean, em Nova York. Dos cinco tiros disparados por Mark David Chapman, quatro acertaram as costas do ex-beatle. Era, portanto, o fim do sonho. O último respingo de paz e amor. O ídolo havia virado lenda.
O ativista político engajado na luta pela paz estava retomando sua carreira. Há cinco anos sem um disco de inéditas, ele havia acabado de lançar o álbum Double Fantasy quando o incidente aconteceu. Entrevistas, sessões e mais sessões de fotos e eventos públicos faziam parte da dura rotina do britânico em Nova York.
Lennon costumava cumprimentar os fãs que sempre ficavam à sua espera na porta de casa. O músico adorava a cidade. Afinal, lá ele era capaz de andar pelas ruas sem se sentir intimidado. "Não sou perseguido. Distribuo alguns autógrafos e está tudo certo", disse certa vez ao falar sobre a mudança para os Estados Unidos.
Naquele mesmo dia, depois de dar entrevista à RKO Radio Network, Lennon e Yoko foram para o estúdio para gravar uma versão da música Walking on a Thin Ice. Foi nesta ocasião que ex-beatle ficou frente a frente com seu assassino, Mark David Chapman. Ele se aproximou do carro e pediu um autógrafo. Paul Goresh, o fotógrafo que acompanhava o músico naquele dia, guardou a imagem deste momento que seria recordado por todos.
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Lennon e Yoko só deixaram o estúdio por volta das 22h. Quando chegaram em casa, foram surpreendidos pela figura de Mark David Chapman. Chapman disparou cinco vezes contra Lennon. A polícia chegou poucos minutos depois, mas nada poderia ser feitor: Lennon tinha perdido muito sangue. Levado às pressas para o hospital, chegou ao local já inconsciente. Morria aos 40 anos um dos ícones da música popular do século 20.
Durante seu depoimento à polícia, Chapman disse que quando apertou o gatilho não sentiu nenhuma emoção, apenas ouvia uma voz que repetia "do it, do it, do it" (faça isso). Estático na cena do crime, nem tentou fugir. Foi preso em flagrante. Autista Chapman era um jovem desequilibrado que recorria às drogas. Condenado a prisão perpetua após o assassinato, desde 2000 Chapman tenta aceder à liberdade condicional, direito que lhe tem sido recusado.
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John Winston Lennon era impulsivo, briguento, carinhoso, engraçado e amigo.
Não tinha o talento de George Harrison com os instrumentos de corda ou o carisma de Paul McCartney nos palcos, é verdade. Mas essa mescla de sentimentos antagônicos eram, de fato, o diferencial daquele 'garoto' que nasceu em Liverpool no dia 9 de outubro de 1940. Alguém que queria o fim da guerra e pregava o amor nas mais diversas instâncias.
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