Ludmilla fala sobre relação com música e sobre ser referência para mulheres negras, em conversa com Mano Brown / Divulgação
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O rapper Mano Brown, 51, recebe a cantora Ludmilla, 26, no novo episódio do podcast original Spotify Mano a Mano, que vai ao ar nesta quinta-feira (28). A conversa passa por tópicos como família, religião, música, identidade, carreira e até mesmo origem.
Um dos pontos discutidos é influência da cantora, que é grande referência como mulher negra e LGBTQIA+ na indústria musical. "Você é uma referência para as meninas negras. Na beleza, na autoestima. Você entende isso?" questiona Mano.
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Ludmilla admite que no início da carreira não entendia a influência, mas que atualmente já tem maior conhecimento sobre o tema. "Com o tempo, eu fui aprendendo, pegando posse, reforçando e cuidando mais de mim porque sabia que tinha mais gente se guiando pelos meus passos", diz a cantora.
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Ela também comenta que sua relação com a música é mais profunda do que muitos sabem. "Eu vivo e respiro música", afirma. "Ninguém sabe disso, nunca falei isso em nenhuma entrevista. Mas, o tempo todo eu estou escutando música, compondo, pesquisando, escutando a história de alguém para me inspirar."
A cantora ainda diz que sua dedicação com a música acontece o tempo inteiro. "Eu sou muito musical, eu amo o que eu faço", conclui. O podcast original Spotify é conduzido por Mano Brown e tem novos episódios toda quinta-feira.
Ao todo, são 16 episódios que trazem conversas diretas com personalidades que transitam desde esporte e política à música e religião. Um dia após seu lançamento, o podcast alcançou a marca de ser o mais ouvido na plataforma, com o episódio feito com a cantora Karol Conká.
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Recentemente, a cantora afirmou que vai boicotar o Prêmio Multishow por não ter sido indicada a Cantora do Ano. Em uma série de tuítes na manhã desta terça (19), ela disse que não vai se apresentar mais no evento deste ano pela "nítida falta de reconhecimento" ao seu trabalho.
"Venho por meio desse tuíte avisar a todos e ao Multishow que não me apresentarei mais no prêmio este ano. Obrigada pelo convite, mas onde não sou bem-vinda prefiro não estar só por educação", escreveu.
"Desde quando ganhei a primeira vez [ela levou o prêmio Cantora do Ano em 2019] e impactei todo o sistema por ser a primeira cantora negra a ser indicada e a vencer essa categoria em 26 anos de prêmio, uma representante das minorias, uma cantora negra, bissexual, funkeira, periférica, nunca mais fui indicada na categoria", escreveu Ludmilla.
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"Infelizmente essa é a forma que o sistema te boicota! Mesmo eu sendo indicada em outras categorias da premiação. É nítida a falta de reconhecimento e entendimento das (poucas) premiações que temos aqui no Brasil", completou.
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