Cultura
Movimento que nasceu com a Gripe Espanhola e ganha força nos dias de hoje é o tema central de 'Fascismo Pandêmico. Como uma ideologia de ódio viraliza?
Autor best seller da Amazon faz o lançamento regional em live na Pinacoteca de Santos, durante a Semana de Artes e Cultura Benedicto Calixto, nesta quinta-feira (15), às 19 horas. / DIVULGAÇÃO
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Traçar um paralelo entre o surgimento do fascismo, nos anos 1920, logo depois da pandemia de Gripe Espanhola, e o período atual, onde o movimento ganha forças durante pandemia de Covid-19, desvendando quem são os anônimos que estão por trás da viralização do ódio nas redes sociais. Esse é o foco de 'Fascismo Pandêmico. Como uma ideologia de ódio viraliza? - Um breve ensaio sobre a alma fascistoide' (Editora Autografia), terceiro livro de Alexandre Gossn, que será lançado nesta semana, em Santos, em uma live da Pinacoteca Benedicto Calixto.
Afinal o que seria o fascismo? Uma corrente política, uma ideologia, uma seita, uma forma de viver ou um sentimento marcial coletivo? O fascismo seria inerente a uma época? Pode ser transplantado de país para país? Pode ser falado em diversos idiomas? Teria ele morrido com a Segunda Guerra Mundial e desaparecido sem vestígios ou poderia ter deixado bisnetos que começam a ser notados agora? Essas são algumas das perguntas que estão no livro e que cujas respostas o autor pretende tratar na transmissão ao vivo, que acontece nesta quinta-feira (15), a partir das 19 horas, no Facebook da Pinacoteca Benedicto Calixto, em Santos.
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No livro autor defende que o fascismo não existe na mesma dimensão e estridência que nos anos 20, 30 e 40 do século XX, mas também considera que ele não tenha sido plenamente erradicado da humanidade. Com contextos muito semelhantes nas duas épocas, de crise econômica e do descontentamento das pessoas com a elite política, ambiente este agravado por uma crise sanitária e pelas bolhas das redes sociais, o escritor embasa seu texto em pensadores como José Ortega y Gasset, Wilhelm Reich, Sigmund Freud, Carl Jung e Elias Canetti e distingue os anônimos que se identificam com o ódio.
E a principal diferença da obra de Gossn para as demais que tratam sobre o tema é lançar luz sobre os fascistas anônimos e não necessariamente sobre os notórios, afinal, para o autor "para toda refeição ser servida é preciso existir fome", assim Hitler, Mussolini e outros líderes, tanto antigos como atuais são antes as consequências de uma pulsão fascista na população e não a sua causa.
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Paulistano e morador de Guarujá, Alexandre Gossn é advogado, mestre em Direito Ambiental, pós-graduado em Direito Imobiliário e pós-graduando em Ética e Filosofia. Ele se declara um humanista na essência e, depois de se dedicar por mais de 30 anos aos estudos e à carreira no Direito, no ano passado, resolveu resgatar um sonho antigo de voltar a escrever. Além de três livros prontos (um deles, 'Cidadelas & Muros:como o ser humano se tornou um animal urbano', está desde o lançamento entre os mais vendidos da Amazon, na categoria História das Civilizações), o escritor já tem pesquisas em andamento para os próximos títulos.
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