Cultura

Igreja que pediu R$ 1 bilhão após especial com Jesus gay terá que pagar R$ 82 mil

Grupos religiosos repudiaram Especial de Natal do Porta dos Fundos que mostrava Jesus Cristo como homossexual

Da Reportagem

Publicado em 30/07/2020 às 13:05

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Grupo religioso terá que desembolsar mais de R$ 80 mil após ter pedido R$ 1 bilhão / Reprodução

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A igreja Templo Planeta do Senhor terá que pagar mais de R$ 80 mil para cobrir custos de processo após a instituição ter desistido da ação contra a Netflix e o Porta dos Fundos. O grupo religioso pedia a quantia exorbitante de R$ 1 bilhão após os comediantes terem concebido e divulgado o 'Especial de Natal - A Primeira Tentação de Cristo', produção a qual mostrava um Jesus Cristo homossexual. As informações iniciais são da Revista Veja e foram replicadas por outros portais como a revista Rolling Stone Brasil.

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Segundo os veículos de comunicação, a juíza do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Patrícia Conceição, negou o pedido de Justiça gratuita do templo. Neste pedido em particular, cidadãos sem renda têm a possibilidade de abrir processo sem arcar com gastos de advogados. Apesar disso, entretanto, o grupo religioso não conseguiu comprovar tal necessidade e desistiu do processo.

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Com essa conclusão, a instituição religiosa acabou sendo condenada a pagar R$ 82 mil para cobrir os custos já existentes do processo. Apesar disso, o valor é considerado pequeno frente à pedida da igreja. Nem o serviço de streaming Netflix ou o grupo humorístico do Porta dos Fundos foram notificados judicialmente do processo. Caso isso acontecesse, as chances da igreja ganhar seriam pequenas, e, com isso, precisariam pagar os próprios honorários, assim como os de quem processou, e mais um valor de indenização (que pode chegar a 10% dos valores da causa, no caso, R$ 100 mil).

Ao notar que poderia sair do processo com prejuízo, o templo tentou baixar o valor pedido de R$ 1 bilhão para R$ 100 mil, mas a magistrada negou, pois não é um direito do cidadão mudar valores para pagar multas menores. Para recorrer, precisariam também pagar - e a conta seria mais R$ 82 mil. Por isso, decidiram desistir.

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O pedido das igrejas (de São Paulo e Rio) que processaram o filme eram indenização e retirada do conteúdo do ar. Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal, negou. Afirmou que uma produção assim não devia ser capaz de abalar a fé.

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