Cultura

Guarany recebe Muro de Arrimo, dirigido por Alexandre Borges

Os ingressos custam R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia). Leitores do Diário do Litoral pagam R$ 15,00, bastando apresentar cupom na edição impressa de hoje

Carlos Ratton

Publicado em 18/10/2014 às 10:55

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Hoje, às 21 horas, no Teatro Guarany (Praça dos Andradas, 100 – Centro), em Santos, o diretor e ator Alexandre Borges traz um dos textos mais consagrados do autor Carlos Queiroz Telles - Muro de Arrimo. Em entrevista ontem à noite ao Diário do Litoral, Borges disse estar bastante empolgado com seu segundo trabalho como diretor este ano. O primeiro foi a peça “Uma pilha de pratos na cozinha”, de Mário Bortolotto.  

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“A cada montagem a gente ganha mais experiência. Muro de Arrimo é um monólogo e é um texto clássico e muito brasileiro, interpretado nos anos 70 pelo Antônio Fagundes e, agora, pelo Fioravante Almeida. O personagem é um operário da construção civil que aposta metade do salário na vitória da seleção brasileira de futebol. Só que ele está sozinho na obra e sofre as angústias do torcedor mescladas com as de sua própria realidade”, afirma Alexandre, que adaptou o texto ao o fatídico jogo entre Brasil e Alemanha 7 x 1, na Copa do Mundo deste ano no Brasil.

O diretor diz que um dos pontos interessantes do espetáculo é justamente que a plateia sabe do resultado, mas o operário não, causando uma grande expectativa sobre o personagem, que evidencia a paixão do povo brasileiro pelo futebol. “É como se uma vitória da seleção fosse uma vitória da vida. O Carlos Queiroz Telles escreveu o texto após ler a notícia que um operário havia morrido de enfarto com a bandeira do Brasil enrolada no corpo, após a derrota do Brasil para a Holanda. Esse monólogo é uma homenagem a esses personagens do cotidiano, que tem um patriotismo e um amor pelo esporte muito grande”, afirma o ator.

Com quase 30 anos de carreira, Alexandre Borges se preocupa em oferecer ao público um bom espetáculo e para isso não mede esforços antes de durante a montagem. “Isso exige muita dedicação, muito cuidado, desde a foto do cartaz até a performance do ator no palco. Há uma troca muito grande de experiências de toda a equipe. A direção está me permitindo um distanciamento importante e necessário da experiência de ator. Estou conseguindo perceber o que um ator faz de legal e o que ainda pode ser extraído dele. Com certeza, vou ficar mais crítico com relação ao meu trabalho como ator”.

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Santista apresenta o 2º espetáculo como diretor (Foto: Matheus Tagé/DL)

À Reportagem, Borges adiantou que já está avaliando um terceiro texto, sobre a vida de Laura Alvim, que viveu no século passado (década de 20) e que foi uma espécie de mecenas (pessoa que patrocina as artes, a ciência ou o ensino), transformando sua casa em um teatro. “A Casa Laura Alvim, em Ipanema, no Rio de Janeiro, resistiu à especulação imobiliária e hoje é palco de grandes projetos culturais. O texto fala de toda essa linda trajetória”, disse o ator santista, reforçando seu amor pela Cidade. “Todo trabalho meu passará por aqui, pois amo Santos. Convido todos para assistir amanhã (hoje) Muro de Arrimo, no Guarany”.

Prêmios

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Muro de Arrimo recebeu em seu lançamento, em 1975, os prêmios Molière e Anchieta de melhor autor, contou com montagens históricas no Brasil e em 20 países, além de ser traduzido para 12 idiomas.

Um dos grandes destaques da peça é a narração do jogo feita por Cléber Machado, assim como a trilha sonora assinada pelo cantor Otto, o cenário de andaimes imitando uma construção e ao fundo as projeções da cidade de São Paulo.

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