Cultura

Estado e Cidade continuam sem proposta para a Cadeia Velha

Artistas e fomentadores de Cultura saíram frustrados da segunda audiência, pois só eles apresentaram alternativa

Publicado em 07/05/2015 às 10:51

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Os cerca de 150 artistas e fomentadores de Cultura de Santos e região vão continuar ainda por um bom tempo sem saber qual será o destino da Cadeia Velha. Ontem, na nova audiência pública realizada no Teatro Guarany, os secretários de Cultura Fábio Nunes (Santos) e Marcelo Mattos Araújo (Estado) não apresentaram qualquer proposta de ocupação do espaço.

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Em entrevista minutos antes do encontro, Mattos disse que veio da Capital para ouvir os artistas, para só então, em 30 dias, formatar uma alternativa para a Cadeia. “A utilização será o resultado da discussão com a população da região e com a Secretaria Municipal de Cultura”, disse Marcelo Araújo, já prevendo outras audiências sobre a velha questão.

O secretário Fábio Nunes também não definiu nada. “Essa audiência é uma prova de governança. A previsão de abertura do imóvel é fevereiro e a função sociocultural do espaço será construída de maneira coletiva”, disse Fabião, garantindo apenas que não há investimento para transformar a Cadeia em museu.

Artistas vão debater com secretários o destino da Cadeia Velha (Foto: Matheus Tagé/DL)

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Artistas

Se os representantes do Município e Estado têm dúvidas sobre o que fazer com o equipamento, os artistas não têm: ratificaram que querem que a Cadeia Velha seja um espaço de formação e fomento de artes integradas da Baixada Santista, como assim desempenhou seu papel nos últimos 30 anos dentro da proposta das Oficinas Culturais Pagú. Os artistas não querem museu e nem que o espaço seja municipalizado, ou seja, continue sob a gestão do Estado.

Ontem, o Movimento Teatral de Santos, o Agrega Cultura, o Orla Cultural e o Coletivo Sanatório Geral apresentaram, por intermédio do jornalista e agitador cultural Lincoln Spada, um documento com propostas reais para as oito celas, o espaço para exposições, para a cafetaria, para as antigas salas administrativas, para o foyer e o auditório que, resumidamente, devem ser voltados a oferecer cursos, oficinas, exposições, espetáculos, servir como depósito de cenários e objetos cênicos e à fomentação de ambientes a todos os segmentos artísticos da região.

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Vale lembrar que a Cadeia Velha foi fechada para reforma em 2012. O Governo Estadual investiu em março desse ano uma verba de R$ 7,5 milhões para obras de restauro realizadas pelas empresas Erbauen e Gepas.

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