Florinda Meza / Reprodução/Instagram
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Florinda Meza, 73, afirmou que entrou na Justiça para garantir que "Chaves" e "Chapolin Colorado" voltem à televisão. Ambas as produções foram retiradas do ar em todo o mundo no dia 1º de agosto de 2020. A Televisa, detentora dos direitos até então, alegou "um problema pendente a ser resolvido com o titular dos direitos das histórias".
"Meu coração de Chapolin está triste porque o programa Chesperito não pode ser visto nas telas de um mundo tão necessitado de risadas e alegrias", escreveu a atriz, mais conhecida pelo papel de Dona Florinda, nas redes sociais.
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Um fã ironizou a publicação, afirmando que ela "estava precisando de dinheiro". "Pelo contrário", respondeu a atriz e viúva do criador das duas obras, Roberto Bolaños (1929-2014). "Estou gastando o meu dinheiro numa batalha legal para que se respeite a vontade do meu Rober [sic] e para que o programa possa voltar às telas."
O programa mexicano se tornou um dos símbolos do SBT, onde foi exibido por 36 anos. A retirada do ar teve a ver com a falta de um acordo entre a Televisa e os herdeiros de Roberto Bolaños sobre os direitos de distribuição das produções.
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Na época, Florinda Meza afirmou que não foi chamada para participar das conversas de renegociação dos direitos de exibição e que essa atitude "é uma agressão às pessoas" neste momento em que o "mundo precisa de mais diversão".
"Qual minha opinião sobre deixar de transmitir o programa Chespirito? Ainda que eu não tenha nada a ver porque, inexplicavelmente, eu não fui chamada para as negociações, acredito que justo agora, quando o mundo mais precisa de diversão, fazer isso é uma agressão às pessoas", disse Meza.
"Além disso, vai contra seus próprios interesses comerciais, porque, neste momento, queremos ver tudo que nos faça lembrar de um mundo que foi melhor. 'Chespirito' já é um programa cultuado. É parte do DNA dos latinos, e que levamos em nossa memória genética. Pretender eliminá-lo do nada é uma medida pouco inteligente", continuou.
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Meza disse ainda que é "triste ver como em sua própria casa, a quem você deu milhões de dólares, é onde você é menos valorizada". "Nunca pensei que isso fosse acontecer comigo, mas pela primeira vez eu encontrei uma razão para dizer: 'Que bom que meu Rober não está neste mundo!'. Esse ato incompreensível chuta sua lembrança e o que ele mais respeitou: o público."
"Talvez alguns executivos sem visão queiram apagá-lo, mas no coração e na memória dos bons, que sempre o seguiram, estará mais vivo que nunca. Não é verdade?", conclui a atriz.