Cultura

Direito de imagem: a decisão de Luana Piovani no BBB22

Especialista em direito, Gérlio Figueiredo, comenta recente polêmica da artista de não permitir que os filhos aparecessem em rede nacional

Da Reportagem

Publicado em 16/02/2022 às 08:05

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Luana Piovani não autorizou que filhos aparecessem no vídeo do Anjo / Divulgação

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O Big Brother Brasil 22 tem sido observado e comentado por espectadores em todo o país, porém, muitas vezes, o que acontece do lado de fora da casa 'mais vigiada do Brasil' chama tanta atenção quanto o que ocorre dentro do reality. Recentemente, Luana Piovani, ex-esposa e mãe dos três filhos do participante e surfista, Pedro Scooby, tornou-se um dos assuntos mais comentados da web por não permitir que os filhos gravassem um vídeo que seria exibido para o pai como forma de homenagem por ter ganho a prova do 'anjo'.

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Após a revelação da decisão, Luana explicou-se em seu Instagram, afirmando que não autorizou as gravações por conta de cláusulas do contrato com a Rede Globo. De acordo com ela, as crianças teriam a possibilidade de ter suas imagens veiculadas de modo vitalício, mesmo que o pai fosse eliminado posteriormente. Por isso, ela julgou melhor não autorizar como forma de proteger os pequenos.

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De acordo com o especialista em direito, Gérlio Figueiredo, o artigo 5º da constituição federal determina que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Porém, por meio de contrato, é possível determinar os moldes no qual a liberação de imagem ocorre. "Atualmente, com a internet, é difícil ter controle de como a exposição ocorrerá. Um caso recente que ilustra isso, é o da bebê Alice, que atuou em uma propaganda de um grande banco e acabou viralizando nas redes sociais por meio de memes, inclusive políticos e religiosos, o que incomodou muito os pais da criança", relembra o especialista.

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Nesse contexto, Gérlio acredita que os casos de direitos de imagem devem ser tratados com ainda mais cuidado quando se tratam de crianças. "A lei abrange a preservação da imagem, da identidade, dos espaços e objetos pessoais das crianças e adolescentes", pontua.

Por isso, é necessário considerar que Luana Piovani, ao não autorizar a participação dos filhos no programa, estava pensando na preservação dos direitos dos pequenos que ainda não podem se proteger sozinhos. "São crianças, não compreendem o cenário maior das coisas. Um contrato vitalício é algo muito grandioso a ser prometido em nome de uma criança que não pode ainda exercer suas vontades plenamente", opina.

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