Cultura
Festival, que acontece de 2 a 6 de novembro, totalmente gratuito, celebra duas décadas de fomento ao movimento audiovisual da Baixada Santista e exibição da produção cinematográfica brasileira
Cena do filme "Marte Um", que será exibido na noite de abertura do festival / Divulgação
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Em 2002, uma despretensiosa conversa entre o escritor José Roberto Torero e a atriz Bete Mendes sobre os caminhos do audiovisual no litoral paulista deu origem ao Festival Santista de Curtas-Metragens, o Curta Santos. A ideia foi colocada em prática pelos produtores culturais Toninho Dantas e Ricardo Vasconcelos - com apoio de Zita Carvalhosa, que na época dirigia o Festival Internacional de Curtas de São Paulo – e resultou em uma edição inaugural promissora, com 26 produções locais, além da criação de oito roteiros inéditos.
Passados 20 anos, o rebatizado Festival de Cinema de Santos – Curta Santos reencontra seu público após duas edições online em virtude da pandemia, para celebrar sua história e renovar sua vocação no fomento à produção audiovisual local e divulgação da produção nacional para o formato. De 2 a 6 de novembro, o evento ocupa a cidade do litoral paulista com filmes, oficinas, bate-papos e eventos especiais, em uma extensa programação, totalmente gratuita.
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A noite de abertura acontece no dia 2 de novembro, quarta-feira, às 19h, no Sesc Santos, celebrando duas décadas do festival e homenageando aqueles que ajudaram a construir sua história, com a entrega do troféu Curta 20 Anos. Em seguida, será exibido o longa-metragem “Marte Um”, com direção do cineasta Gabriel Martins. O filme teve sua estreia mundial no Festival de Sundance, vai representar o Brasil na disputa de uma das vagas na categoria Melhor Longa-Metragem Internacional do Oscar 2023.
Já as mostras oficiais começam a partir de quinta-feira, dia 3 de novembro, no Teatro Guarany: Olhar Brasilis, com 12 curtas-metragens de todo país; Olhar Caiçara, com 12 curtas-metragens produzidos na região da Baixada Santista; e Videoclipe Caiçara, com 10 produções locais para o formato.
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Além delas, sessões especiais vão apresentar ao público produções recentes que tem sido bem recebidas pela crítica e em festivais Brasil afora, como “A Felicidade das Coisas” – primeiro longa da curta-metragista Thais Fujinaga, premiado pela Associação Brasileira de Cinema na Mostra Internacional de São Paulo em 2021; “A Mãe”, do diretor Cristiano Burlan, que chega aos cinemas em novembro após conquistar o Prêmio de Melhor Filme no Festival de Vitória e Melhor Direção no Festival de Gramado; e “Andor”, de Vitor Vilaverde, produzido pelo Instituto Querô e selecionado para a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo deste ano.
Além disso, as crianças também terão uma oportunidade de vivenciar o festival, com o segmento Curta Matinê, que desta vez exibirá na Vila Criativa da Vila Progresso e no Teatro Guarany o filme “Tarsilinha”, de Célia Catunda e Kiko Mistorigo, marcando também uma homenagem ao centenário da Semana de Arte Moderna de 1922.
Oficinas
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As oficinas formativas do festival também retornam ao formato presencial e desta vez contarão com três módulos, que serão realizados no Sesc Santos: “Pílulas de Sangue” – Um Panorama das Mulheres que Produzem Curtas Metragens de Horror no Brasil, com Beatriz Saldanha, no dia 4/11; “O Som dos Filmes”, com Fernanda Nascimento, no dia 5/11; e “Fake News – Muito Mais Antigo do Que Se Pensa”, com Celso Sabadin, no dia 6/11.
O encerramento do Festival será também no dia 6 de novembro, com mais uma sessão especial, que apresentará o curta-documentário“Lumière à Beira Mar: Uma História do Cine Arte Posto 4”. Antes, serão conhecidos os filmes premiados nas mostras oficiais, que receberão o Troféu Maurice Lègeard nas seguintes categorias: Melhor Curta-Metragem, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Fotografia e Melhor Montagem (na Mostra Olhar Caiçara); Melhor Curta-Metragem e Melhor Direção (na Mostra Olhar Brasilis); e Melhor Videoclipe (na Categoria Videoclipe Caiçara).
Além disso, uma das parceiras do festival, a CiaRio (Centro de Estrutura Audiovisual), por meio da Naymovie, oferecerá o Prêmio Edina Fuji aos melhores filmes da Categoria Olhar Brasilis e Olhar Caiçara, respectivamente, o valor de R$ 10 mil em locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinária da empresa.
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O júri da Mostra Olhar Brasilis será formado pela pesquisadora, crítica e realizadora Beatriz Saldanha, pela roteirista e crítica de cinema Viviane Pistache e pelo jornalista, crítico e roteirista Celso Sabadin; já a Mostra Olhar Caiçara terá como jurados a montadora com trabalhos em curta-metragem e longa-metragem documental, Thatia de Freitas, o produtor artístico e cultural Michel Pereira e o chefe do Departamento de Eventos da Secretaria de Cultura de Santos, o publicitário Vini Cesar.
Confira a programação completa no site do festival.
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