Carnavalesco da Grande Rio destaca riqueza cultural santista

A escola de samba Acadêmicos da Grande Rio já iniciou os trabalhos para levar a história de Santos até a Avenida Marquês de Sapucaí em 2016. O carnavalesco da agremiação, Fábio Ricardo, esteve na cidade para finalizar os trabalhos de pesquisa para a criação do desfile do enredo “Fui no Itororó beber água, não achei. Mas achei a bela Santos, e por ela me apaixonei”.

Ricardo destacou a riqueza cultural santista. “Tenho uma cidade em minhas mãos que tem um conteúdo imenso. Tem assuntos como café, o José Bonifácio, o Santos Futebol Clube, o Museu Pelé que somente eles daria um grande enredo. Então, eu tenho vários assuntos maravilhosos para uma cidade só. Isso só leva a gente a botar mais informações de cultura, divulgar cada vez mais a cidade, uma cidade que abraça e levar isso para o carnaval da gente. Santos vai desembarcar na Sapucaí no Rio de Janeiro”.

O carnavalesco falou sobre os últimos dias que esteve em Santos. Ele conversou com historiadores, sambistas e compositores que irão participar da criação do samba-enredo da escola. Além disso, visitou pontos turísticos como a Bolsa do Café, o Museu Pelé e a Vila Belmiro.

“Falar que a primeira impressão é a que fica seria redundante. A impressão que tenho daqui está ligada a emoção. Então, esse carinho, essa receptividade que a cidade teve em abraçar esse tema juntamente com a Grande Rio, não tem química melhor. Está sendo muito proveitoso esses dias”.

Colocar a história de uma cidade na Sapucaí não é novidade para Fábio Ricardo. Em 2014, na sua estreia pela Grande Rio após passar por Rocinha e São Clemente, ele apostou em Maricá, município, também litorâneo, no Rio de Janeiro. Apesar do 6º lugar, o desfile foi premiado pela crítica.

“Eu tive Maricá nas minhas mãos. Poucas pessoas acreditaram do que iria surgir Maricá e me deu o sexto lugar no Carnaval, além de quase todos os prêmios de artes plásticas de figurino e de carro alegórico. Foi um dos belos desfiles da Grande Rio”.

Outro fator que credencia o carnavalesco é a bagagem cultural que possui. Apesar de ter 36 anos, é responsável pelo carnaval de escolas de samba há 8 anos. Além disso, trabalhou com outros dois grandes carnavalescos: Joãosinho Trinta e Max Lopes. Sob o comando dos dois, somados foram 14 anos.

“Trabalhei por quatro anos com João Trinta na equipe de criação. Depois fui por 10 anos assistente do Max, segui carreira solo e não parei mais. Por isso que estou aqui. Acho que é um presente para mim estar abraçando esse enredo. São poucas pessoas que tem uma cidade dessa, com tanta cultura para colocar na avenida”.

Apesar de belos carnavais, a Grande Rio nunca foi campeã. Ficou em segundo lugar por três vezes (2006, 2007 e 2010). Há 22 anos consecutivos na elite do carnaval carioca, a escola está confiante que o primeiro título virá em 2016.

“A gente está confiante. A escola está trabalhando todos os anos junto com a direção de carnaval com o Ricardo Fernandes. Com a presidência se empenhando para fazer o melhor do carnaval, dando toda estrutura. A escola está se organizando para segurar esse campeonato”, disse Fábio Ricardo.

Por fim, o carnavalesco brincou com o desempenho à frente da Grande Rio: um 6º lugar em 2014 e um 3º lugar em 2015. “Foi um 6º lugar na estreia, três posições à frente nesse ano e ano que vem, com mais três posições, campeão. E com o enredo sobre Santos”.