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1995. Sesc. A distância de 18 invernos se interrompe amanhã no Studio Rock Café, que volta a apresentar aos santistas após um sofrido jejum sua principal banda eletrônica, o Harry, formada em 1985.
Renascido da Fênix com o nome original, Harry and the Addicts, o grupo tocará hoje oito das dez músicas do badalado Fairy Tales, a bolacha de vinil conceitual, nascida em 1988 pelo útero da gravadora Wop Bop.
O guitarrista Jonny Hansen diz ao Diário do Litoral que não será apenas um show com músicas antigas. “Sete das oito músicas do Fairy Tales foram regravadas e teremos mais outras novas que gravamos”. E ainda terá a versão em Inglês de Caos (“Liar”), do EP Caos, artigo raro, hoje nas mãos de poucos colecionadores.
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Nos - não muito - inocentes anos 80, quando uma legião de garotos levava debaixo do braço discos (sim, eles existiram, eram bolachas pretas de vinil) de bandas de Brasília, Rio de Janeiro e até da Bahia, uns poucos afortunados conseguiam descobrir que havia algo além do que tocava nas chamadas rádios rock. Era garimpagem pura. O esquema de distribuição de discos funcionava tal como uma Brasília (o carro) velha, com pinos saltando.
Bravo Novo Mundo
Hoje os tempos são outros. Hansen termina a mixagem do novo disco, que vai se chamar Eletric Fairy Tales. Da formação original, além dele estão Richard Johnsson (baixo) e Cesar Di Giacomo (bateria), além de Lee Luthier e Marreco, que acompanham o grupo desde 2005. Marreco, porém, registrava outra passagem pelo Harry, tocando baixo em alguns shows entre 1986 e 1987.
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Depois de uma fase onde cada um foi para um lado – do Ceará para o Interior do Estado –, o Harry só passou a existir nos tímpanos dos antigos fãs e em quem tinha a curiosidade de procurar a banda na Internet, especialmente no Youtube.
O Harry and the Addicts agora dá sinais de um ressurgimento não só pelo show de quinta-feira no Studio Rock Café (Avenida Marechal Deodoro, 110, no Gonzaga), mas também pela nova agenda de shows, que inclui participação na Virada Cultural, na Capital. Eles vão se apresentar no Palco Casper Líbero, domingo (dia 19), às 6h40.
E, se no show em São Paulo será no horário ideal para comer um pãozinho quente antes de ver o que de bom foi feito na música eletrônica por essas terras à beira-mar, na apresentação de quinta-feira (amanhã) recomenda-se chegar cedo. Hansen diz que a intenção é de entrar no palco pouco antes das 22 horas.
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