Cultura

Artistas apoiam volta da Concha Acústica

Classe vê equipamento como importante incentivo à Cultura na Cidade

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 07/07/2013 às 19:02

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A possível volta da Concha Acústica de Santos animou a classe artística da Cidade. Na última semana, a Prefeitura divulgou laudo dos testes realizados no equipamento, liberando as apresentações no local, caso seja isolado por vidros.

O parecer deve ser analisado pelo Ministério Público e o processo, reaberto em 90 dias. Enquanto isso, músicos e diretores teatrais comemoram a notícia.

Vocalista da banda santista Aliados, Gustavo Fildzz vê a Concha Acústica como um espaço de incentivo a músicos e outros artistas em início de carreira. Para ele, a volta do equipamento pode significar um avanço para o movimento cultural na Cidade.

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A possível volta da Concha Acústica de Santos animou a classe artística da Cidade (Foto: Divulgação)

“Tudo que for espaço cultural, ainda mais público, tem meu apoio. A Cidade está precisando de mais lugares para a cultura, ainda mais com o fechamento do (teatro) Coliseu”, diz o músico.

Assim também pensa o diretor teatral André Leahum, que há 25 anos dirige peças na Cidade. Para ele, o Coliseu é um dos mais importantes equipamentos culturais de Santos, e com a interdição, a classe artística precisa de novos espaços.

A Concha, na opinião de Leahum, deve ser palco de mais apresentações teatrais. Quando era utilizada, o diretor conta que o espaço sediava mais shows musicais do que encenações. “É um espaço público, que deve agregar movimentos culturais de diversas formas. Se a solução é isolar o local, que se cerque a concha com vidro para não atrapalhar o sossego dos moradores da orla da praia”.

Enquanto era aberta, o diretor artístico da Escola de Artes Cênicas da Secretaria de Cultura de Santos, Roberto Perez era um frequentador da Concha Acústica. “Há quase 20 anos, a Cidade perdeu um importante espaço cultural”, diz ele sobre a interdição do equipamento, fechado por meio de ação judicial em 2001.

Perez espera que a partir dos testes realizados pela Prefeitura, o equipamento volte a funcionar, respeitando o limite de ruídos. “Não se pode jogar fora dinheiro público. Se está construído é para ser usado”.

Processo

O promotor de Justiça do Meio Ambiente Daury de Paula Júnior disse, na última semana, que já encaminhou o laudo com o resultado dos testes da Prefeitura para a Procuradoria Geral do Ministério, para solicitar o desarquivamento do processo de interdição da Concha.

Além disso, o assistente técnico do Ministério analisa o laudo simultaneamente. O agente deverá concluir se os testes da Prefeitura são suficientes ou se será preciso nova avaliação.

Caso o Ministério Público dê o aval, a Prefeitura terá que obter licenciamento ambiental, concedido pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). Depois de todas essas etapas cumpridas, o Município poderá reverter a proibição de uso do equipamento.

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