'Vila Socó' deve encerrar a trilogia teatral que retrata história dos bairros de Cubatão / Divulgação
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A tragédia da Vila Socó, em Cubatão, será retratada em peça teatral. O Coletivo 302 já iniciou a produção de um espetáculo com pesquisas e entrevistas sobre o incêndio. "Vila Socó" terá ao todo 10 meses de trabalho, que resultarão em uma temporada inédita com 10 apresentações gratuitas a serem realizadas na Vila São José.
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O Coletivo 302 é o primeiro coletivo teatral da Baixada Santista vencedor do Prêmio Shell de Teatro. O novo espetáculo deve encerrar a trilogia industrial, iniciada em 2018 com a peça "Vila Parisi" e que prosseguiu em 2021 com o projeto "Vila Fabril".
Durante todo o processo, será utilizado o conceito teatral site-specific, em que o grupo utiliza a própria região que será retratada como ponto de partida para a criação dramatúrgica, cenográfica e de outros elementos da obra.
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A área, atualmente denominada Vila São José, foi destruída em um incêndio ocorrido na madrugada de 24 para 25 de fevereiro de 1984, após o vazamento de gasolina de dutos subterrâneos instalados sob o terreno, resultando na morte de dezenas de pessoas e animais, naquela que foi considerado à época um dos maiores incêndios do País.
Neste momento, o grupo está realizando pesquisas sobre a Vila e sua gente. Para isso, além dos estudos, o Coletivo 302 está gravando entrevistas com antigos moradores do local e pessoas que vivenciaram os acontecimentos de fevereiro de 1984. Interessados em colaborar com esse trabalho de pesquisa, ou que tenham histórias da Vila Socó para compartilhar, podem entrar em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo WhatsApp (13) 99154-6860.
Processo formativo
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Outra etapa da produção é a realização do 6º Ciclo de Estudos 302, com o tema "Processos criativos em zonas de exclusão", em que o coletivo receberá nos próximos meses outros grupos teatrais para partilharem suas trajetórias e apresentarem suas práticas de criação. Foram convidados os seguintes parceiros: O Coletivo (Baixada Santista), Cia. As Marias (ABC Paulista), Grupo Forfé de Teatro (Piracicaba/SP) e Coletivo Estopô Balaio (Zona Leste de São Paulo/SP).