Automotor

Nova Ducati DesertX pode virar tendência no segmento

A nova Ducati DesertX é uma bigtrail com foco na aventura

Luiz Mingione

Publicado em 09/01/2022 às 09:19

Atualizado em 22/03/2023 às 11:40

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Design da DesertX é uma releitura contemporânea das motocicletas de Rali e Enduro do início dos anos 1980 / Divulgação

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Com o lançamento da DesertX, a Ducati criou algo especial, nitidamente inspirado nas Cagiva campeãs do Rali Dakar no início dos anos 80, com as cores da Lucky Strike. Nessa época, a Ducati fornecia os motores de 350 a 1.000 cc para a também italiana Cagiva. Assim, o design da DesertX é uma releitura contemporânea das motocicletas de Rali e Enduro daqueles tempos. Os termos “estilo Dakariano” e “linhas das motos de Enduro” desse período, independentemente de como foram interpretados pelos designers do Centro de Estilo da Ducati, foram suficientes para criar uma moto impressionantemente focada no essencial e na robustez. Um desenho que pode ser uma tendência no segmento e com um pacote eletrônico muito moderno.

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A bigtrail italiana conta com seis modos de pilotagem, além de quatro de entrega de potência. Pela primeira vez, uma motocicleta Ducati tem um modo “Rali”, mais os “Enduro”, “Sport”, “Touring”, “Urbano” e “Wet” (molhado). O “Enduro” se destina a ajudar os pilotos menos experientes no off-road, enquanto o “Rali” é para os mais agressivos na pilotagem na terra. O “Enduro” reduz a potência e aumenta a ajuda da eletrônica e o “Rali” libera potência total e reduz a intrusão da ajuda eletrônica. Os quatro modos de potência, “Full”, “High”, “Medium” e “Low” ajustam a resposta do acelerador e a potência de saída e retomadas. Incluem também controles de tração e de wheelie, ajuste eletrônico de freio-motor e ABS, com três níveis de atuação e a função de antitravamento em curvas.

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Com o lançamento da DesertX, a Ducati criou algo especial, nitidamente inspirado nas Cagiva campeãs do Rali Dakar no início dos anos 80, com as cores da Lucky Strike. Nessa época, a Ducati fornecia os motores de 350 a 1.000 cc para a também italiana Cagiv

O motor é o tradicional dois cilindros em “L”, Testastretta, de 937 cc de capacidade, que gera 110 cavalos de potência (a 9.250 rpm) e 9 kgfm de torque (a 6.500 rpm). Já o câmbio da DesertX conta com o sistema DQS (Ducati Quick Shift) bidirecional, que auxilia a troca de marchas sem a necessidade do uso da embreagem. Todas as marchas até a quinta são mais curtas para trabalhar bem no fora-de-estrada e a sexta é “adequadamente longa” para manter a utilidade e economia em rodovias. Os freios são “modulados” para funcionar no off-road ou em condições de piso escorregadio, além de terem um sistema ABS inteligente. Toda a ciclística é ancorada pelo tradicional quadro em treliça.

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O painel da DesertX é montado verticalmente para facilitar a leitura na pilotagem em pé e é nitidamente inspirado nas motocicletas de Rali. No display de TFT, de 5 polegadas, existe dois modos de visualização: “Padrão” e “Rali”, este projetado para facilitar a navegação, imitando a tela do tripmaster usada pelas motos de competição. Infelizmente, o GPS não faz parte do sistema. O opcional DMS (Ducati Multimedia System) emparelha com o smartphone, oferecendo navegação passo a passo. Quem gosta de ouvir música ou de falar ao telefone enquanto pilota, o DMS está habilitado para essas funções. A Ducati acertou em cheio com a DesertX, que tem tudo para ser um sucesso de vendas e criar tendência dentro do segmento, bastante competitivo e com concorrentes de peso como a Triumph Tiger 900, a linha GS da BMW e até a Honda Africa Twin.                                                                         

Nota do Editor: Luiz Mingione foi campeão do Rali Dakar em 2002, na categoria “Super Production”, com uma 250 cc, e fez história na competição off-road mais difícil do mundo.

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