Caoa Chery Tiggo 7 Pro Max Drive, Tiggo 8 TXS Max Drive, Arrizo 6 e iCar / Divulgação
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Com a morte de Carlos Alberto de Oliveira Andrade – fundador do conglomerado de concessionárias Caoa e da marca Caoa Chery –, ocorrida em agosto do ano passado, a marca sino-brasileira passou por uma reformulação de comando. O controle da empresa ficou nas mãos dos dois filhos do empresário, Carlos Alberto de Oliveira Andrade Filho, de 23 anos, e Carlos Philippe de Oliveira Andrade, de 19, ambos alunos de Administração em universidades dos Estados Unidos, que contam o apoio dos executivos Mauro Correia, CEO do Grupo Caoa, e Marcio Alfonso, CEO da Caoa Chery e da Caoa Montadora. Na operação da Caoa Chery, foram tomadas decisões importantes este ano, como a paralisação da produção em Jacareí (SP), para adaptar a fábrica para fazer os modelos eletrificados da marca a partir de 2025. Até lá, os híbridos e o elétrico iCar serão importados da China, enquanto o Tiggo 5X, o Tiggo 7 e o Tiggo 8 continuam sendo produzidos em Anápolis (GO), dividindo a fábrica com a Hyundai, a sul-coreana que mantém sua parceria com o grupo brasileiro. Agora, a Caoa Chery apresenta o Max Drive, um conjunto de sistemas eletrônicos inteligentes de segurança e assistência ao motorista, por meio de uma tecnologia que utiliza uma câmera multifuncional e sensores.
Desenvolvido no Brasil e incorporado aos modelos híbridos trazidos da China, o Max Drive atua na prevenção de acidentes e no aumento do conforto, da praticidade e do prazer ao dirigir. A atuação do Max Drive se inicia pelo piloto automático integrado e adaptativo com assistente de congestionamento. Com ele, o veículo pode manter a distância do carro à frente, acelerando ou freando, inclusive até a parada total, e retornar o movimento automaticamente em situações de tráfego intenso. Com o ACC (piloto automático adaptativo) pré-programado para uma velocidade de cruzeiro, o motorista pode deixar o carro “viajar sozinho” pela estrada. As mãos do motorista precisam estar segurando o volante – sem isso, o sistema se desliga automaticamente. O veículo faz todas as funções por sua conta, assumindo inclusive a direção em curvas mais suaves. O condutor só precisa agir em curvas mais fechadas. E mesmo nessa situação, o ACC da Caoa Chery freia o carro o necessário para o contorno seguro da curva, voltando a acelerar e retomando a velocidade pré-programa.
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A frenagem automática de emergência é capaz de reconhecer não apenas a parada brusca de um veículo à frente como outras situações críticas envolvendo pedestres e ciclistas, reduzindo sozinho o risco de atropelamentos. Com o controle de farol alto, o motorista não tem a necessidade de se preocupar em comutar os faróis alto e baixo, pois o Max Drive evita o ofuscamento de veículos em sentido contrário “baixando” automaticamente a luz alta. O sistema de ajuda desenvolvido pela Caoa Chery traz também o alerta de colisão de tráfego cruzado traseiro, muito útil em saídas de ré em estacionamento transversal. O Max Drive acrescenta o alerta de saída de faixa, os assistentes de permanência e de mudança de faixa, o monitoramento de ponto cego e os alertas de distância e de colisão frontal, de risco de batida traseira por outro veículo e de abertura de porta.
O sistema de automação da Caoa Chery agrega ainda a comodidade e a diversão de se poder “conversar” com o carro, partindo da frase dita pelo condutor – ou por qualquer outra pessoa dentro do carro – “hey, Tiggo 7”, por exemplo, seguida da função que se deseja. Isso vale para pedidos de conforto e de conectividade como “abra – ou feche – o teto solar”, “toque uma música” (ativa o sistema de som da multimídia), “aumente o volume” e “baixe a temperatura e intensifique a velocidade da saída do ar-condicionado”. Os modelos de mais luxo da marca sino-brasileira contam ainda com regulagem de temperatura dos bancos da frente – para mais ou para menos.
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O carro produzido no Brasil para estrear o Max Drive foi o Tiggo 7 Pro. O conjunto de tecnologias de assistência do SUV acompanha o motor 1.6 Turbo GDI com injeção direta e transmissão DCT de 7 marchas com alavanca tipo joystick e opção de trocas manuais. São 187 cavalos de potência e 28 kgfm de torque disponível de 2 mil a 4 mil rotações por minuto. De acordo com a fabricante, a aceleração de zero a 100 km/h é feita em 8,09 segundos. O Tiggo 7 Pro Max Drive chega ao mercado brasileiro com preço de R$ 199.990, com as opções de cores preto e cinza metálicos e branco e azul perolizados. Outro modelo feito em Anápolis com o Max Drive é o novo Tiggo 8 TXS, com preço de R$ 214.990. O SUV é equipado com o 1.6 Turbo GDI a gasolina com injeção direta e duplos comando de válvulas e de variador de fase (DVVT) e transmissão DCT de dupla embreagem com 7 velocidades com opção de trocas manuais. O Tiggo 8 TXS tem os mesmos números de potência, torque e desempenho do Tiggo 7 Pro e vem com as opções de cores preto e cinza metálicos e a nova azul escuro perolizado.
Apresentado em junho deste ano, o sedã Arrizo 6 traz como novidade a tecnologia híbrida 48V. O sedã médio tem 160 cavalos de potência e 25,5 kgfm de torque combinados e está associado ao câmbio CVT de 9 marchas simuladas. O Arrizo 6 Hybrid tem preço de R$ 159.990. O Tiggo 8 Pro chega ao mercado nacional como o primeiro veículo híbrido plug-in com dois motores elétricos. Combinados com o propulsor a combustão 1.5 turbo a gasolina, entregam 317 cavalos de potência e 56,6 kgfm de torque. O modelo marca ainda a estreia da tecnologia DHT, primeira transmissão dedicada a modelos híbridos. O SUV tem preço de R$ 279.990.
Primeiras Impressões
Prova do líder
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Tatuí/SP – Nos exercícios de avaliação no Tatuí Motor Test, no interior do Estado de São Paulo, estiveram presentes, além dos modelos produzidos no Brasil pela Caoa Chery, os importados da China Arrizo 6 Pro Hybrid, o Tiggo 8 Pro híbrido plug-in e o pequenino iCar. O subcompacto elétrico tem 3,20 metros de comprimento, 1,67 metro de largura, 1,55 metro de altura e 2,15 metros de entre-eixos. Com as praticidades de uso no dia a dia aliadas ao fato de ser o elétrico menos caro do Brasil (R$ 139.990), o iCar liderou o ranking de seu segmento em setembro, entretanto, ainda é uma incógnita para o futuro imediato nas vendas no país. “A liderança do iCar foi uma surpresa até para nós. Temos alguns problemas de logística para sua vinda da China. Temos garantido até o momento 241 unidades já em solo brasileiro para pronta-entrega. Depois, torceremos por uma mudança de panorama nos embarques da China”, revelou Márcio Alfonso.
Modelo essencialmente urbano, o iCar recebeu adaptações na suspensão para encarar o piso característico das ruas brasileiras. O “carrinho” tem bateria com capacidade total de 30,8 kWh, com sete estágios de regeneração de energia. Com 45 kW (61 cavalos) de potência, torque de 15,3 kgfm e autonomia de até 282 quilômetros, o iCar é muito gostoso de se dirigir. Exigido no teste conforme sua vocação de veículo urbano, o elétrico revela-se extremamente ágil e bom de “chão” nas curvas mais fechadas. Sua dirigibilidade faz lembrar a de um kart. De acordo com a Caoa Chery, o iCar acelera de zero a 100 km/h em 12,8 segundos (a final não foi divulgada). Porém, essa “eternidade” de tempo se anula por um simples fato: ele foi feito para andar na cidade, onde a velocidade é inimiga da lei.
No “passeio” pela pista de provas, não foi necessário o “reabastecimento” do iCar. No entanto, a marca sinaliza que 80% da energia pode ser recuperada em até 36 minutos. Em um estação de carregamento rápido, são necessárias cinco horas, enquanto em uma tomada doméstica de 220V demora 11 horas. O que também não traz problema, pois dificilmente atingirá em um dia sua autonomia de quase 300 quilômetros. O iCar tem dois modos de condução, “Eco” e “Sport”, que, evidentemente, o deixa mais esperto mas derruba sua autonomia. Dentro, o elétrico tem quadro de instrumentos digital e uma enorme (para o tamanho do iCar) central multimídia de 10,25 polegadas. Nem precisava tanto!
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