O Dolphin Mini tem motor de 75 cavalos de potência e 13,8 kgfm de torque, aceleração de zero a 100 km/h em 14,9 segundos e final de 130 km/h / Divulgação
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Já fazia um bom tempo que a BYD ameaçava fazer uma invasão no mercado brasileiro de carros 100% elétricos. Em agosto do ano passado, a marca chinesa que tornou-se a maior fabricante de veículos eletrificados do mundo solidificou sua intenção apresentando ao Brasil o hatch totalmente “verde” Dolphin EV, com preço de R$ 149.800. Deixou a concorrência boquiaberta, não apenas pelo preço, mas principalmente porque o carro era superior aos seus principais rivais de até então. E não deu outra: o Dolphin rapidamente conquistou a liderança de vendas entre os elétricos – sempre com cerca da metade do total de emplacamentos mensais do segmento – e não a largou mais. Agora, a “artilharia” da marca fundada em 1995 é ainda mais forte, com o lançamento do Dolphin Mini, importado de Shenzhen, na China, com preço de R$ 115.800. Com o bônus de R$ 10 mil oferecido pela BYD mais um carregador wallbox no valor de R$ 7 mil, o Dolphin Mini sairá por R$ 98.800, porém, somente para os primeiros compradores que reservaram o carro no período de pré-vendas. De acordo com a BYD, até sua apresentação, o Dolphin Mini teve 6 mil reservas feitas no Brasil.
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Mesmo sem as promoções de lançamento, o preço da nova versão do elétrico mais emplacado do Brasil é competitivo, ficando acima apenas do concorrente Renault Kwid E-Tech, que baixou para R$ 99 mil há duas semanas. Na apresentação do Dolphin Mini, a BYD mostrou outra carta na manga: o modelo deve ser o primeiro da marca chinesa a ser produzido em sua futura fábrica de Camaçari, na Bahia. Atualmente, a BYD conta com cem concessionárias próprias no Brasil, e promete chegar a 200 até o final deste ano. O Dolphin Mini desembarca no país em quatro cores externas: Branco Apricity com interior rosa e azul escuro, Preto Polar Night (cabine em azul escuro), Rosa Peach (cabine rosa) e Verde Sprout – o verde-amarelado de seu lançamento –, com cabine em azul claro. O carro tem garantia de cinco anos ou 500 mil quilômetros, enquanto a bateria Blade tem garantia de oito anos, sem limite de quilometragem. “Antes mesmo de ser lançado, o Dolphin Mini já causou um grande alvoroço e enorme expectativa no mercado brasileiro. Ele traz uma nova proposta urbana, com soluções inovadoras, alta tecnologia e eficiência energética e boa relação custo/benefício, com perfil jovem, descolado, urbano e conectado”, destacou Tyler Li, presidente da BYD Brasil.
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Segundo a marca chinesa, o segredo do sucesso do Dolphin está na bateria Blade de LFT (fosfato de ferro-lítio), também presente na variante Mini, que dispensa o uso de módulos. No Mini, a Blade é de 39 kWh, integrada à plataforma 3.0 – exclusiva para veículos puramente elétricos e responsável por integrar o sistema de alta tensão e a bateria com o chassi do carro, aumentando a segurança e estendendo a autonomia, de 280 quilômetros, conforme dados divulgados pelo PBEV do Inmetro. Em termos de consumo, a BYD fez uns cálculos que apontaram 0,41 MJ/km, equivalente a 70 km/l em um carro a gasolina. O Dolphin Mini pode ser carregado em qualquer tomada comum de 127V ou 220V, com reabastecimento de 30% a 80% feito em menos de meia hora. O modelo traz ainda a função de agendamento e pré-programação para carregar a bateria.
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O Dolphin Mini tem um motor de 75 cavalos de potência e 13,8 kgfm de torque instantâneo, como em todo o carro 100% elétrico. Para a BYD, o modelo acelera de zero a 100 km/h em 14,9 segundos e pode chegar à velocidade máxima de 130 km/h, com raio de giro de 4,95 metros e peso de 1.239 quilos em ordem de marcha (total bruto de 1.568 quilos). O design se inspira em outros modelos da BYD, como o próprio Dolphin EV e o Seal, apostando também nas linhas Ocean, remetendo às ondas do mar, com mais retas em comparação ao Dolphin EV e, por isso, não tão bonitas. O Dolphin Mini é um pouco mais alto que o Dolphin EV – cerca de um centímetro –, chegando a 1,58 metro. Tem 3,78 metros de comprimento (ante 4,12 metros do Dolphin EV), 1,71 metro de largura (1,77 metro do Dolphin EV) e 2,50 metros de distância de entre-eixos (2,70 metros do Dolphin EV).
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As rodas do Dolphin Mini seguem design moderno e esportivo, inspiradas no conceito “flocos de neve”, com 16 polegadas em liga leve e pneus 175/55 R16 80H. Em termos de segurança, o carro tem seis airbags – dois frontais, dois laterais e dois de cortina –, com o veículo tendo na construção 61% de aço de alta resistência. Conta com assistência de partida em rampa, Cruise Control (ACC), sistema de monitoramento de calibragem de pneus, freio de estacionamento eletrônico, função auto hold (mantém os freio acionados após a parada total do veículo mesmo com o carro em posição “D”), sensores de estacionamento e câmera de ré automática. Soma a função Brake Booster com os freios ABS, a frenagem regenerativa, os controles de estabilidade e dinâmico veicular, que integra o controle de tração, a assistência hidráulica e de frenagem, a distribuição eletrônica de frenagem e a chamada tecnologia de frenagem confortável.
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O interior do Dolphin Mini oferece espaço para quatro pessoas, com acabamento premium ecológico dos bancos, sendo os dianteiros em formato de concha e o traseiro inteiriço. O banco do motorista tem ajuste elétrico em seis posições e o do passageiro da frente pode ser regulado manualmente. Os cintos de segurança dianteiros contam com pré-tensionadores e aviso sonoro. O Dolphin Mini tem a multimídia ICS (Intelligent Cockpit System) com tela flutuante de 10,1 polegadas e rotação elétrica – ou seja, ela pode ficar na posição horizontal ou vertical –, espelhamento para Android Auto e Apple CarPlay, carregamento por indução para smartphone, portas USB-A, USB-C e tomada 12V, painel de instrumentos de LCD de 7 polegadas, direção elétrica e ajuste manual de altura e de profundidade do volante. O Dolphin Mini oferece ainda controle de cruzeiro, seletor de funções do carro horizontal junto ao painel central, luzes de leitura acionadas via “touch”, vidros elétricos, função “Follow me Home” (faz com que os faróis e as lanternas permaneçam acionados por um tempo determinado após o desligamento do veículo), assistente de voz e retrovisores com aquecimento, descongelamento, ajuste elétrico e rebatimento manual. O novo modelo elétrico da BYD tem porta-malas de 230 litros, podendo chegar a 930 litros com o banco traseiro rebatido. Conta ainda com 18 compartimentos distribuídos pelo interior do habitáculo para itens de pequeno volume.
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Leia esta matéria também na Gazeta de S. Paulo.
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