Cotidiano

Retomada da temporada de cruzeiros gera expectativa na Baixada Santista

Ainda em janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária recomendou ao Ministério da Saúde e à Casa Civil da Presidência da República a suspensão definitiva da temporada de cruzeiros no Brasil, como ação necessária à proteção da saúde da população

Da Reportagem

Publicado em 02/03/2022 às 14:00

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Os navios de cruzeiros que operam nesta temporada na costa brasileira cumprem o período de suspensão na área de fundeio do Porto de Santos / Ivan Sarfatti

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O Ministério da Saúde autorizou a retomada da temporada de cruzeiros no Brasil a partir de 7 de março. Com isso, tripulantes a bordo de embarcações fundeadas em Santos, vivem a expectativa da volta às atividades, e especialistas avaliam o cenário como positivo para a economia da região e do país.

Segundo o economista Luciano Simões, a retomada das atividades tem alto potencial econômico, já que a dinâmica envolve não somente os tripulantes, como também as demais empresas e prestadores de serviços terceirizados.

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Ele explica que mesmo que a temporada tenha sido interrompida, é possível estimar que o potencial econômico da retomada chegue a, no mínimo R$ 1 bilhão, pois a temporada geralmente vai até abril.

O economista ressalta que este é um mercado de 35 mil empregos diretos e indiretos. E uma vez que região possui foco turístico e comercial, parte deste valor incrementará a economia local.

Para exemplificar, Simões comentou sobre um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que aponta que cada navio gera em torno de R$ 350 milhões de impacto para a economia local.

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Cruzeiros

Os navios de cruzeiros que operam nesta temporada na costa brasileira -- MSC Seaside, Splendida e Preziosa, assim como os navios Costa Diadema e Fascinosa -- cumprem o período de suspensão na área de fundeio do Porto de Santos.

Entre as exigências sanitárias para a atividade estão: passaporte vacinal, testagem de todos os passageiros e tripulantes antes de entrarem na embarcação, testagem de 10% das pessoas ao longo da viagem e uso constante de máscaras.

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De acordo com a Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros (Clia), ainda não há definição sobre o assunto. A instituição havia determinado a suspensão voluntária das atividades até 4 de março.

Suspensão

A associação afirma, ainda, que está trabalhando em nome da MSC Cruzeiros e da Costa Cruzeiros para alinhar com as autoridades do Governo Federal, Anvisa, estados e municípios as interpretações e aplicações dos protocolos operacionais de saúde e segurança que haviam sido aprovados no início da atual temporada, no mês de novembro.

A Clia defende os protocolos sanitários já adotados pelos cruzeiros realizados, antes do embarque, durante e também no desembarque. E reitera sobre o impacto econômico causado pelo setor na costa brasileira, que tinha previsão de movimentar mais de 360 mil turistas.

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Anvisa recomenda suspensão definitiva

Ainda em janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária recomendou ao Ministério da Saúde e à Casa Civil da Presidência da República a suspensão definitiva da temporada de cruzeiros no Brasil, como ação necessária à proteção da saúde da população.

De acordo com a agência reguladora, o texto encaminhado ao Ministério da Saúde e à Casa Civil contém a apresentação do cenário epidemiológico de Covid-19 nas embarcações de cruzeiro que operam a temporada 2021-2022, incluindo as intercorrências, por embarcação, desde o início de suas operações em território nacional.
 

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