Medicina

Técnica médica pode ajudar a tratar condições neurológicas e psiquiátricas; entenda

Conhecida como neuromodulação não invasiva, a técnica pode ajudar com algumas patologias

LG Rodrigues

Publicado em 07/08/2024 às 09:30

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De acordo com a neurocientista com PhD em neurologia pela USP e professora da UNIFESP, Dra Carolina Souza, a neuromodulação não invasiva ajuda / Divulgação

Uma técnica que começou a ser mais utilizada por profissionais de saúde ao longo dos últimos anos vem ganhando mais espaço pelo fato de conseguir ajudar a tratar diversas condições neurológicas e psiquiátricas. Conhecida como ‘neuromodulação não invasiva’, a técnica usa tecnologias como a EMT (estimulação magnética transcraniana) e a estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC), e método oferece uma abordagem menos invasiva em comparação com os tratamentos tradicionais. Ambas técnicas têm o potencial de modular a atividade cerebral, potencializando assim processos de neuroplasticidade.

De acordo com a neurocientista com PhD em neurologia pela USP e professora da UNIFESP, Dra Carolina Souza, a neuromodulação não invasiva ajuda a tratar principalmente os sintomas motores das doença neurodegenerativas como doença de Parkinson e Alzheimer.

"O equipamento usado nas sessões de neuromodulação tem a capacidade de modular a atividade cerebral, ele induz uma corrente elétrica que ajuda a modular a atividade cerebral, isso favorece a recuperação das funções que foram prejudicadas em decorrência de doenças, auxiliando na recuperação”, afirma neurocientista.

A seguir, estão listados cinco benefícios dessa técnica que você talvez não conheça, junto com algumas das doenças que ela pode tratar:

1. Alívio da depressão resistente ao tratamento

A depressão resistente ao tratamento é uma condição debilitante para muitos pacientes que não respondem bem aos medicamentos convencionais. A neuromodulação não invasiva, especialmente a EMT, tem mostrado resultados promissores ao estimular regiões específicas do cérebro associadas ao humor e à regulação emocional. Estudos indicam que pacientes submetidos a esse tratamento experimentam uma melhora significativa nos sintomas depressivos, proporcionando uma nova esperança para aqueles que lutam contra a depressão crônica.

2. Melhora cognitiva em pacientes com Alzheimer

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. A neuromodulação não invasiva tem sido explorada como uma forma de retardar a progressão da doença e melhorar a função cognitiva. Pesquisas sugerem que a ETCC pode ajudar a aumentar a plasticidade cerebral, facilitando a formação de novas conexões neurais e melhorando a memória e a capacidade de aprendizagem em pacientes com Alzheimer.

3. Redução da dor crônica

A dor crônica é uma condição complexa e difícil de tratar, que muitas vezes exige o uso prolongado de analgésicos, com riscos de dependência e efeitos colaterais. A neuromodulação não invasiva oferece uma alternativa segura e eficaz, modulando a atividade neural em áreas do cérebro relacionadas à percepção da dor. Pacientes submetidos a tratamentos como a EMT têm relatado uma diminuição significativa na intensidade da dor, melhorando sua qualidade de vida sem os efeitos adversos dos medicamentos.

4. Tratamento de transtornos de ansiedade

Os transtornos de ansiedade, incluindo transtorno de pânico e transtorno de ansiedade generalizada, afetam uma parcela significativa da população. A neuromodulação não invasiva, através da estimulação de áreas específicas do cérebro responsáveis pela resposta ao estresse e à ansiedade, tem se mostrado eficaz na redução dos sintomas ansiosos. Isso pode oferecer uma alternativa valiosa para pacientes que não respondem bem à terapia cognitivo-comportamental ou aos medicamentos ansiolíticos.

5. Reabilitação pós-AVC

Pacientes que sofrem um acidente vascular cerebral (AVC) frequentemente enfrentam desafios significativos na recuperação da mobilidade e das funções cognitivas. A neuromodulação não invasiva tem sido utilizada como uma ferramenta complementar na reabilitação pós-AVC, ajudando a promover a neuroplasticidade e acelerar a recuperação funcional. A ETCC, por exemplo, pode ser usada para estimular as áreas motoras do cérebro, facilitando a recuperação dos movimentos e melhorando a independência dos pacientes.

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