De acordo com a neurocientista com PhD em neurologia pela USP e professora da UNIFESP, Dra Carolina Souza, a neuromodulação não invasiva ajuda / Divulgação
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Uma técnica que começou a ser mais utilizada por profissionais de saúde ao longo dos últimos anos vem ganhando mais espaço pelo fato de conseguir ajudar a tratar diversas condições neurológicas e psiquiátricas. Conhecida como ‘neuromodulação não invasiva’, a técnica usa tecnologias como a EMT (estimulação magnética transcraniana) e a estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC), e método oferece uma abordagem menos invasiva em comparação com os tratamentos tradicionais. Ambas técnicas têm o potencial de modular a atividade cerebral, potencializando assim processos de neuroplasticidade.
De acordo com a neurocientista com PhD em neurologia pela USP e professora da UNIFESP, Dra Carolina Souza, a neuromodulação não invasiva ajuda a tratar principalmente os sintomas motores das doença neurodegenerativas como doença de Parkinson e Alzheimer.
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"O equipamento usado nas sessões de neuromodulação tem a capacidade de modular a atividade cerebral, ele induz uma corrente elétrica que ajuda a modular a atividade cerebral, isso favorece a recuperação das funções que foram prejudicadas em decorrência de doenças, auxiliando na recuperação”, afirma neurocientista.
A seguir, estão listados cinco benefícios dessa técnica que você talvez não conheça, junto com algumas das doenças que ela pode tratar:
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1. Alívio da depressão resistente ao tratamento
A depressão resistente ao tratamento é uma condição debilitante para muitos pacientes que não respondem bem aos medicamentos convencionais. A neuromodulação não invasiva, especialmente a EMT, tem mostrado resultados promissores ao estimular regiões específicas do cérebro associadas ao humor e à regulação emocional. Estudos indicam que pacientes submetidos a esse tratamento experimentam uma melhora significativa nos sintomas depressivos, proporcionando uma nova esperança para aqueles que lutam contra a depressão crônica.
2. Melhora cognitiva em pacientes com Alzheimer
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O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. A neuromodulação não invasiva tem sido explorada como uma forma de retardar a progressão da doença e melhorar a função cognitiva. Pesquisas sugerem que a ETCC pode ajudar a aumentar a plasticidade cerebral, facilitando a formação de novas conexões neurais e melhorando a memória e a capacidade de aprendizagem em pacientes com Alzheimer.
3. Redução da dor crônica
A dor crônica é uma condição complexa e difícil de tratar, que muitas vezes exige o uso prolongado de analgésicos, com riscos de dependência e efeitos colaterais. A neuromodulação não invasiva oferece uma alternativa segura e eficaz, modulando a atividade neural em áreas do cérebro relacionadas à percepção da dor. Pacientes submetidos a tratamentos como a EMT têm relatado uma diminuição significativa na intensidade da dor, melhorando sua qualidade de vida sem os efeitos adversos dos medicamentos.
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4. Tratamento de transtornos de ansiedade
Os transtornos de ansiedade, incluindo transtorno de pânico e transtorno de ansiedade generalizada, afetam uma parcela significativa da população. A neuromodulação não invasiva, através da estimulação de áreas específicas do cérebro responsáveis pela resposta ao estresse e à ansiedade, tem se mostrado eficaz na redução dos sintomas ansiosos. Isso pode oferecer uma alternativa valiosa para pacientes que não respondem bem à terapia cognitivo-comportamental ou aos medicamentos ansiolíticos.
5. Reabilitação pós-AVC
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Pacientes que sofrem um acidente vascular cerebral (AVC) frequentemente enfrentam desafios significativos na recuperação da mobilidade e das funções cognitivas. A neuromodulação não invasiva tem sido utilizada como uma ferramenta complementar na reabilitação pós-AVC, ajudando a promover a neuroplasticidade e acelerar a recuperação funcional. A ETCC, por exemplo, pode ser usada para estimular as áreas motoras do cérebro, facilitando a recuperação dos movimentos e melhorando a independência dos pacientes.
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