Curso oferecido pelo Mercado Livre, em parceria com {reprograma}, prioriza candidatas de escolas públicas ou bolsistas de particulares / Annie Spratt / Unsplash
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O "Women in Tech 2022" , estudo realizado pela BairesDev, analisou um milhão de candidaturas recebidas anualmente entre 2015 e 2021, e revelou o crescimento de 11% para 41% na participação de mulheres ocupando cargos na área de tecnologia. Visto que meninas na faixa dos 20 anos representam 40% de todas as candidaturas, é possível considerar que cada vez mais mulheres jovens estão demonstrando interesse nesse campo.
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Um exemplo é a Eduarda Soares, uma jovem de 17 anos e que vive em São Paulo. Desde o primeiro contato com a área de tecnologia, quando iniciou o curso técnico em eletrônica, se deparou com um ambiente majoritariamente masculino e teve que lidar com diversos desafios. “Estudei em uma turma composta por alunos e professores homens, o que me gerou uma série de inseguranças e questionamentos sobre a minha escolha, cheguei até a receber incentivos para mudar de área, o que tornou a minha decisão ainda mais desafiadora”, conta.
Foi neste momento que Eduarda conheceu o Conectadas, curso oferecido pelo Mercado Livre em parceria com {reprograma}, iniciativa de impacto social que foca em ensinar programação para mulheres em situação de vulnerabilidade social e econômica, priorizando negras, trans e travestis. “Sem dúvidas, o Conectadas veio na hora certa, pois recuperei minha segurança e motivação, e foi o momento em que tive certeza que seguiria na área de TI. Ver mulheres – monitoras e facilitadoras – falando com tanta propriedade, dominando o assunto de forma tão empoderada, foi muito significativo e inspirador, me senti em casa”, explica.
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OPORTUNIDADE.
Para quem deseja utilizar a história da Eduarda como inspiração, estão abertas as inscrições para mais uma turma do Conectadas, programa gratuito que promove uma imersão digital de meninas em temas de tecnologia. Ao todo, são 240 vagas para jovens entre 16 e 18 anos, de todo o Brasil. As inscrições seguem até o dia 11 de agosto e podem ser realizadas por meio do formulário digital – não há necessidade de conhecimento prévio na área. Candidatas de escolas públicas ou bolsistas de particulares têm prioridade e o programa espera ter pelo menos 50% de pretas, pardas e indígenas, além de estimular a participação de jovens mulheres trans e travestis.
Implementado no ano de 2021 no Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Colômbia, México e Peru, o Conectadas oferece uma imersão digital que totaliza 54 horas. Ao longo de 16 encontros 100% online, são abordados conteúdos de transformação digital, economia 4.0, sustentabilidade, design da experiência do usuário, análise de dados, desenvolvimento de projetos e negócios digitais, marketing digital e introdução a HTML e CSS. Durante o programa, acontece o acompanhamento de mentoras do Mercado Livre e da {reprograma}, permitindo a essas meninas conhecer e se conectar com mulheres que já atuam neste segmento.
Em 2023, o Conectadas pretende atingir 1.300 meninas em seis países. No Brasil, 150 vagas já foram abertas somente no primeiro semestre. Uma das novidades da edição deste ano é a oferta de algumas bolsas de estudo para o projeto de formação mais longo em um dos cursos de programação de 18 semanas desenvolvido pela {reprograma}.
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O Conectadas já formou 1.329 meninas de 7 países da América Latina, sendo que 72% delas tinham entre 16 e 18 anos, idade chave para escolher estudos e projetos profissionais. Além disso, 52% delas eram de escolas públicas e 60% moradoras de cidades que não são capitais. Somente no Brasil, 253 meninas, de 107 municípios, participaram do programa. Em toda a América Latina, as jovens participantes desenvolveram 99 projetos. Após a imersão no programa, 31,2% delas declararam que querem potencializar sua carreira em tecnologia, por meio de formação em TI, e 21,7% afirmaram que buscam acessar oportunidades de formação e trabalho na área.
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