5G custará ao menos R$ 250 por mês quando chegar. / Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Os brasileiros só terão o 5G puro, o chamado standalone, a partir de julho do próximo ano, começando pelas capitais.
Estimativas iniciais de uma das operadoras indicam que esses planos custarão mais caro do que o 4G, com preços de ao menos R$ 250 por mês para faturas pós-pagas e com restrição de uso de dados.
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Nesse patamar, o 5G nacional seguirá os preços internacionais até que a massificação do serviço derrube o preço dos chips e dos aparelhos, hoje as principais barreiras de acesso ao serviço.
A expectativa das operadoras é chegar a 500 milhões de acessos em três anos entre assinantes residenciais e empresariais.
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Enquanto isso não ocorre, as operadoras planejam migrar os clientes que hoje utilizam a tecnologia 4G para o chamado 5G DSS, um serviço que utiliza as frequências atuais do 4G para atingir velocidades de 5G com latência (tempo de resposta entre a comunicação do celular com as antenas) pequena. Neste processo, o preço deverá permanecer o mesmo.
Recentemente, o presidente da Tim, Pietro Labriola, disse que a estratégia comercial da operadora seguirá a dinâmica de preços da Uber.
"Quando você usa [a Uber], tem o Uber Black e outros níveis", disse. "O preço é relacionado com o nível de serviço."
Labriola afirmou que os pacotes com uso ilimitado de dados estão com dias contados no 5G. "Em outros países os pacotes de uso ilimitado [no 5G] existem, mas são restritos."
Inicialmente, caberá às empresas o papel de expandir o consumo do 5G, diferentemente do que ocorreu com as tecnologias anteriores (3G e 4G).
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Executivos da Claro e da Vivo são unânimes em afirmar que a largada inicial do 5G -que levará à queda do preço para os demais usuários- ocorrerá por meio das empresas, que já planejam formas de modernizar suas atividades por meio da nova tecnologia.
O agronegócio e a indústria devem puxar a fila dos principais consumidores da nova tecnologia.
Devido à baixa latência e altas velocidades na rede standalone, que será construída exclusivamente para o 5G, indústrias poderão automatizar suas plantas, novos aplicativos, e soluções virão para os serviços de logística e transporte.
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Na agricultura, produtores poderão ter aplicativos que, a partir de sensores no solo, dirão quais áreas cultivadas precisam de adubo ou água, o que aumentará a produtividade reduzindo custos. Drones sobrevoarão a lavoura para estimar a produção por meio de imagens, garantindo previsibilidade para a safra e antecipando a formação de preços no mercado.
As cidades poderão ter sistemas de controle de água, luz, saneamento e tráfego controlados remotamente. Veículos poderão ser teleguiados.
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