Tecnologia
Startup foi selecionada pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) para representar o Brasil nesse evento, onde o principal critério para o convite foi a inovação da empresa
Empresa incubada no Parque Tecnológico de Santos se destaca com inovação energética em Londres / Divulgação/PMS
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Mudar o mundo em que vivemos através de uma ideia. Esse é o sonho de milhares de inovadores tecnológicos e está mais próximo de ser concretizado pelos fundadores da startup TidalWatt, que desenvolve tecnologia para a geração de energia elétrica a partir de correntes marítimas. A empresa é apoiada pela Fundação Parque Tecnológico de Santos e, no mês de junho, se destacou na London Tech Week, uma das principais feiras de inovações do mundo.
O fundador e diretor executivo da startup, Mauricio Queiroz, foi o representante da startup na capital britânica, que foi selecionada pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) para representar o Brasil nesse evento, onde o principal critério para o convite foi a inovação da empresa.
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"Foi um evento de abrangência internacional, onde conseguimos encontros com autoridades políticas como o prefeito de Londres (Sadiq Khan) e com possíveis investidores. Todos se mostraram interessados na forma como a nossa tecnologia possibilita a geração de energia de maneira limpa e renovável".
ENERGIA LIMPA E RENOVÁVEL
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O principal motivo do sucesso da missão em Londres foi justamente o caráter de inovação no ambiente de geração de energia elétrica limpa e renovável, num momento em que o mundo e, principalmente a Europa (devido à guerra entre Rússia e Ucrânia), buscam alternativas energéticas aos métodos atualmente empregados.
A tecnologia criada pela startup é voltada à geração de energia elétrica limpa e renovável a partir das correntes no mar, denominada de Ucec's (Unidades Coletoras de Energia de Corrente).
Segundo Queiroz, os projetos de turbinas para o mar, utilizados atualmente, são adaptações da tecnologia eólica (que gera energia a partir do vento). Esse é o grande diferencial da TidalWatt, pois eles desenvolveram uma tecnologia para o mar, pensando em todas as qualidades características das correntes da água.
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"Ela funciona para capturar a energia de uma grande extensão, que tem uma massa muito grande, por isso a eficiência energética dessas turbinas chega a ser até 200 vezes maior", explica.
Para se ter uma ideia do potencial, com apenas 10 turbinas desenvolvidas pela empresa seria possível atender a toda a necessidade energética de Santos. "Os empresários de Londres se interessaram pela ideia, justamente pelo Reino Unido ser um conjunto de ilhas e, consequentemente, propenso a absorver essa tecnologia como alternativa às gerações energéticas atuais".
NOVOS PASSOS
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O sucesso foi tanto que a empresa agora trabalha para abrir uma filial na capital britânica, onde poderá receber investimentos privados e públicos para o desenvolvimento do projeto. "Isso só se tornou possível graças ao apoio que tivemos do Parque Tecnológico e do Sebrae, que sempre acreditaram no nosso potencial e nos possibilitaram fazer parte do ecossistema das startups".
Os empreendedores já obtiveram a concessão da patente verde no Brasil pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) e pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (WIPO, sigla do nome em inglês). Agora a equipe da empresa que, além do CEO Queiroz, tem como diretores Gustavo Ameri (Tecnologia) e Bernardo Geraldes (Financeiro), voltou para Santos, onde se prepara para dar os próximos passos para a concretização do sonho.
AUXÍLIO DO PARQUE TECNOLÓGICO
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Criada há quase dois anos, a TidalWatt está incubada no Parque Tecnológico desde julho de 2021, onde faz uso do coworking (espaço de trabalho compartilhado) e sala de reuniões. Também participa do programa de pré-aceleração Start, desenvolvido pela fundação em parceria com o Sebrae-SP, Associação Brasileira de Startups (Abstartups) e parceiros locais.
No local, eles receberam consultoria jurídica, orientação na área de marketing e divulgação e, principalmente, para estratégias de business intelligence (inteligência de negócios). Segundo Queiroz, este apoio faz a diferença entre o sucesso e o fracasso. "Foi graças ao trabalho desenvolvido aqui que tivemos contato com o Sebrae e com diversos investidores do mundo inteiro. Indico a todos os empreendedores que procurem o Parque Tecnológico".
De acordo com o diretor técnico do Parque Tecnológico, Gabriel Miceli, ver o sucesso da TidalWatt é colher o fruto de um trabalho desenvolvido por toda equipe, justamente para proporcionar oportunidades aos empreendedores. "Nós estamos em busca de oferecer o melhor ambiente possível para promover o desenvolvimento das empresas e econômico da Região".
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NOVAS OPORTUNIDADES
O Parque Tecnológico de Santos atua para o fomento de pesquisas, desenvolvimento tecnológico, inovação e geração de trabalho e renda. Abrange do bairro Valongo à Vila Mathias, compreendendo toda a região central, com sede em moderno imóvel à Rua Henrique Porchat, 47, na Vila Nova.
O Conselho de Administração conta com representantes de secretarias municipais, instituições de ensino, órgãos empresariais e empresas do setor. As empresas credenciadas podem utilizar as ferramentas e a estrutura do equipamento ou das entidades que integram o ecossistema de inovação, como o espaço de coworking e laboratórios de pesquisa.
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Já as empresas incubadas recebem assessoria nas diversas áreas de gestão e podem utilizar o espaço físico em regime de uso compartilhado. Qualquer interessado em fazer parte dos programas de desenvolvimento do Parque Tecnológico pode se inscrever no edital disponibilizado no link https://www.santos.sp.gov.br/?q=fpts, além de ficar atento às oportunidades sempre divulgadas no espaço.
De acordo com Gabriel Miceli, a intenção é ampliar esse apoio dado a empreendedores e startups, com o desenvolvimento de novos editais e parcerias ao longo do ano. "Em breve lançaremos também uma plataforma digital para conectar empresários, investidores, universidades e poder público, propiciando aos empreendedores um ambiente digital semelhante ao que temos aqui fisicamente".
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