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Bem que o Governo tentou, mediante pressão de sua base aliada no Congresso Nacional, que a votação da MP dos Portos ocorresse ontem à noite, em sessão extraordinária, na Câmara Federal.
Mas, outra vez, encontrou enormes barreiras e\, obstrução dos trabalhos para que o quórum não fosse alcançado. Em vez da sessão extraordinária, o que ocorreu em Brasília foram reuniões e muita articulação até a decisão final de adiar a votação para hoje, às 11 horas, por falta de quórum. Será uma corrida contra o tempo, uma vez que a medida provisória perde sua eficácia.
Na próxima quinta-feira (16) e, além da Câmara, ainda terá que ser votada também no plenário do Senado.
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O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) disse por volta das 19 horas, que o governo não aceitou negociar mudanças na MP dos Portos (595/12) com os líderes da base aliada. A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti; e o ministro da Secretaria Especial dos Portos, Leônidas Cristino, estiveram reunidos com líderes governistas.
“O governo veio para enquadrar o Congresso. E eu, como não gosto de ser enquadrado, vou atrapalhar a votação da MP dos Portos”, disse Paulo Pereira, que saiu antes do término da reunião.
Governo pode apresentar um novo relatório em plenário
O líder do PT, deputado José Guimarães (CE), disse que o governo pode apresentar, em Plenário, um novo relatório à MP dos Portos na forma de uma emenda aglutinativa global.
“Vamos chamar o relator, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), para conversar e ver se evoluímos em uma nova aglutinativa, numa proposta do governo negociada com os líderes e também com os senadores”, disse Guimarães, após a reunião de líderes da base.
Já o PMDB e o PDT ameaçam atrapalhar a votação mediante obstrução dos trabalhos. Entretanto, as reuniões e articulações prosseguiam na noite de ontem.
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