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Sindicalistas da Baixada Santista, que representam e integram as centrais sindicais Força Sindical, NCST e UGT, prometem parar o Centro de Santos hoje, em manifestação contra o Governo Federal, a partir das 9h30.
O ato, na verdade, era para ter ocorrido na última segunda-feira(dia 23), mas foi transferido diante das negociações com representantes do Governo e com parlamentares, no Congresso Nacional, visando as retiradas das MPs 664 e 665, que restringem acesso ao seguro-desemprego e pensões por morte.
Sindicalistas pretendem reunir dezenas de trabalhadores para um protesto nas praças Mauá e Andradas, seguido de passeata pelas ruas do Centro de Santos, com manifestação em frente a Prefeitura.
“Além de mexer com direitos trabalhistas e previdenciários, é também um absurdo o que o Governo pretende fazer com a terceirização de serviço. Vai precarizar o trabalho, escravizar os trabalhadores e minar as forças dos sindicatos”, diz Herbert Passos Filho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Químicos da Baixada Santista e diretor regional da Força Sindical .
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E prossegue: “temos que evitar que o Congresso aprove o projeto sobre este assunto. Essa será uma das bandeiras dos protestos da próxima segunda-feira, sem contar as demais e agora com um agravante: a retirada do projeto de lei que reajustava aposentadorias no mesmo índice do salário mínimo, substituindo-o por uma nova MP” , explica.
“Será um movimento sem bandeiras de partidos. Só teremos protestos contra as mudanças trabalhistas e previdenciárias e pelo não reajuste nas aposentadorias”, conclui o sindicalista.
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“Nós não podemos admitir que afastamentos de trabalhadores sejam feitos pelos médicos das empresas e não pelo INSS, conforme consta nas medidas editadas pelo Governo e enviadas ao Congresso Nacional. E também que desempregados percam seus direitos ao seguro-desemprego. Logo agora que o desemprego está crescendo e postos de trabalho vem sendo fechados”, informa Paulo Pimentel, coordenador da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) na Baixada Santista.
Aposentados
“Os aposentados e pensionistas vão estar nessa manifestação, pois temos que dar uma resposta à altura ao Governo, que mexeu nas pensões, tem medo de encarar o trabalhador e aposentado de frente e por isso mesmo governa através de medidas provisórias, sobre temas que deveriam ter amplo debate com a sociedade, via Congresso Nacional”, diz Antônio Carlos Domingues da Costa, presidente da Associação Nacional dos Aposentados, Pensionistas (Anapi).
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Ele diz que o próximo passo do Governo será acabar com as aposentadorias, introduzindo uma nova fórmula que é nociva aos trabalhadores que estão prestes a se aposentar. “Temos que sair às ruas, mostrar nossa insatisfação e cobrar também de deputados e senadores um posicionamento firme contra essas medidas”, conclui.