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A greve de advertência de seis horas, no período da manhã, marcada para a próxima sexta-feira contra a medida provisória dos portos, poderá ser ampliada e estendida para todos os portos do País. A decisão será tomada em plenária da categoria, que começa na próxima terça-feira, em Brasília.
Os cerca de nove mil trabalhadores do Porto de Santos já definiram que vão fazer greve de seis horas, na manhã da próxima sexta-feira, contra a Medida Provisória 595-2012, que regulamenta as atividades portuárias.
A decisão foi acertada durante reunião, na última sexta-feira, dos sindicalistas dos nove sindicatos do porto, e será levada a plenária nacional da categoria, que ocorre de terça até quinta-feira, dia 21, em Brasília.
Apesar da data da paralisação ter sido definida na reunião, ela já estava aprovada desde dezembro, pouco depois da publicação da MP, como forma de impedir sua aprovação.
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Nesta segunda-feira (18), acompanhados do prefeito de Santos, Paulo Alexandre (PSDB), e dos deputados federais Márcio França (PSB) e Paulinho da Força (PDT), os sindicalistas panfletarão o porto.
A reunião da última sexta foi marcada em caráter de urgência por dois motivos: a audiência da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman, com as federações nacionais da categoria e uma operação na Embraport.
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Sobre a audiência na Casa Civil, os sindicalistas consideram que o governo, apesar de propor uma comissão, com presença dos trabalhadores, para alterações na MP, quer apenas ganhar tempo.
Quanto a Embraport, os sindicalistas reclamam que o terminal não requisitou trabalhadores do Ogmo (órgão gestor de mão-de-obra) para descarga de três portêineres importados da China.
Também nesta segunda, os sindicalistas buscarão apoio das prefeitas de Guarujá e Cubatão, Maria Antonieta de Brito (PMDB) e Márcia Rosa (PT), além do prefeito de São Vicente, Luiz Cláudio Billi (PP).
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Além dos 7 mil avulsos, estarão paralisados também os trabalhadores da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Guarda Portuária (Gport) e empregados de empresas terceirizadas. A paralisação foi antecipada e a decisçao tomada antes da plenária nacional, porque na próxima quarta, será instalada a Comissão Parlamentar que vai votar a MP-595 no Congresso Nacional.