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Cerca de 80 trabalhadores da empreiteira Ekman, contratada pela empresa Eldorado, para serviços de reconstrução do armazém 8 do Porto de Santos, entraram em greve ontem e vão permanecer parados enquanto a empresa não efetuar o pagamento de salários, referente a fevereiro, que deveria ter sido pago na última sexta-feira.
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil (Sintracomos), Luiz Carlos de Andrade, os salários deveriam ter sido pagos no quinto dia útil de março.
Ontem à tarde, os grevistas foram ao Ministério Público do Trabalho (MPT), em Santos em busca de uma solução. Segundo Luiz Carlos, os trabalhadores pediram à promotoria do MPT, na Rua Brás Cubas, 190, Centro, a elaboração de um Termo de Ajustamento de Conduta entre o sindicato, a empreiteira e a empresa.
Ele recorda que o sindicato denunciou a empreiteira ao MPT, em janeiro, quando sugeriu a elaboração do ‘tac’, para evitar novos atrasos.
No próprio MPT, os grevistas decidiram que continuarão em greve, hoje, e só voltam ao trabalho quando receberem seus salários. O vice-presidente do Sintracomos diz que a empresa é reincidente nos atrasos salariais e por isso mesmo os trabalhadores permanecerão em greve até o pagamento ser normalizado. “É uma greve legal, por se tratar de falta de quitação salarial”, disse o sindicalista.
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Sabesp
O Sindicato dos Urbanitários de Santos e Região (Sintius) está preparando os trabalhadores da Sabesp para uma campanha salarial, que a direção do sindicato diz ser bastante difícil, uma vez, que a Sabesp não cumpriu parte do acordo coletivo assinado em 2014.
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Ontem, houve assembleia da categoria, à noite, na sede do sindicato em Santos para aprovação da pauta salarial. Hoje, os trabalhadores da empresa no Vale do Ribeira, também terão assembleia, na Associação Sabesp, em Registro.
Greve no dia 19
Além da aprovação da pauta de reivindicações, foi deliberado na assembleia, a convocação de greve geral a partir de 19 de março, por tempo indeterminado. A entidade também tentará, na Justiça, readmitir os mais de 300 funcionários demitidos da companhia este ano.
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O motivo da paralisação é o não cumprimento de vários itens do último ACT (Acordo Coletivo de Trabalho).
“A empresa só cumpriu o calendário de reuniões e esqueceu de oferecer a solução. A desculpa dada é que essas questões apenas serão resolvidas após o fim da crise hídrica, que não acabará até o final do ano. Temos, primeiro, que eliminar pendências do ACT anterior, para depois negociar o deste ano ”, afirma o presidente do Sintius, Marcos Sérgio Duarte, Marquito.