Sindical e Previdência

Sindicatos insistem na revogação de medidas provisórias que alteram benefícios

O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, participa hoje, em São Paulo, da segunda reunião em que ministros tentam abrir caminho para uma negociação com os sindicalistas

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 03/02/2015 às 18:31

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, reforçou nesta terça-feira, 3, a disposição das centrais em insistir na revogação das medidas provisórias 664 e 665, que propõem alteração na concessão de direitos trabalhistas como seguro-desemprego e seguro-defeso. Torres participa hoje, em São Paulo, da segunda reunião em que ministros tentam abrir caminho para uma negociação com os sindicalistas.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

"Começamos com a vaca tossindo, a vaca depois engasgou, deram um drible da vaca na última reunião conosco aqui - com o ministro Levy anunciando medidas em outro lugar - e agora estão vindo com conversa para boi dormir", disse Torres a jornalistas, lembrando a declaração da presidente Dilma Rousseff durante a campanha de que "nem que a vaca tussa" ela iria mexer em direitos trabalhistas como 13º salário, férias e hora extra. No dia 19, ao mesmo tempo em que ocorria a primeira reunião entre sindicalistas e ministros, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciava aumentos de impostos e da gasolina.

"Toda e qualquer negociação com o governo agora é perda de direitos, a nosso ver", disse Torres. Na avaliação dele, mesmo que o governo reduza a primeira carência proposta do seguro-desemprego, de 18 para 12 meses, ainda haverá um grande contingente de trabalhadores perdendo direitos. Hoje a carência é de seis meses de serviço para o trabalhador demitido ter acesso ao benefício. "Não aceitamos um milímetro de perdas de direitos. Tem que revogar as medidas para a gente negociar o todo. Em parte, vai parecer que a gente está tirando o bode da sala."

Miguel Torres reforçou a disposição das centrais em insistir na revogação das medidas provisórias 664 e 665 (Foto: Divulgação)

Continua depois da publicidade

O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, confirmou que a posição das centrais continua sendo pela revogação das MPs, mas disse que caso não haja acordo lutará para que se amplie a mesa de negociação. "Em não se revogando, somos partidários de que haja a ampliação da mesa de negociação com a participação das centrais e do Executivo, mas também do Legislativo", disse.

Os sindicalistas deram as declarações ao chegar para a reunião agendada com os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa; da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto; da Previdência Social, Carlos Gabas; e do Trabalho e Emprego, Manoel Dias; em São Paulo. Técnicos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) também participarão do encontro.

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software