Sindical e Previdência
Entidade sindical santista tem histórico de luta e superação. Foi uma das mais visadas e perseguidas na época da ditadura militar. Sofreu intervenção e teve seus diretores presos
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O Sindicato dos Metalúrgicos, uma das mais combativas entidades sindicais da Baixada Santista, está comemorando hoje 82 anos de fundação. A data começou a ser lembrada ontem com o musical “64, o Canto Calado”, da Cia. Dons e Teatro Musical.
Hoje, às 17h, será exibido o vídeo “Metalúrgicos Aposentados e na Ativa, sempre na luta”. A seguir, será apresentada a dramatização da peça “A Corda”, pelo Teatro Experimental dos Metalúrgicos – Temetal. Logo depois, será servido aos presentes bolo e refrigerante.
A diretoria do sindicato informa que durante a semana, nas dependências do sindicato, acontece exposição de “Cartazes de Filmes”, de Rose Oliveira, Dulce Martins e Miro.
Os eventos são abertos à categoria e público em geral e serão realizados na subsede do Sindicato, em Santos, situada na av. Ana Costa, 55. A entrada é franca.
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Luta e superação
O Sindicato dos Siderúrgicos e Metalúrgicos da Baixada Santista foi fundado no dia 23 de julho de 1933, num período de grande expansão industrial em São Paulo, ou seja, à custa do trabalho de homens e mulheres trabalhadoras submetidos a péssimas condições de trabalho e arrocho salarial.
A atividade portuária, na cidade de Santos, continuava fundamental para as atividades econômicas da região. Nessa época, quase tudo se vinculava ao porto. A categoria metalúrgica ainda não era expressiva em termos numéricos.
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Na década de 50 o Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista começa a ter lugar de destaque no movimento operário da região a partir da greve de 1954 contra a carestia, participando das grandes manifestações que ocorreram nesse período que as greves crescem em Santos e no Brasil.
Com o início das obras da Cosipa, no final da década de 50, começaram também as lutas de maior repercussão dos metalúrgicos de Santos. Pouco a pouco milhares de trabalhadores já estão nas obras da usina.
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Em 1958, o Sindicato desenvolveu campanha para que os operários das obras da Cosipa fossem efetivados como siderúrgicos. As lutas dos trabalhadores tornaram-se mais organizadas.
As greves se intensificam e em 1964, com a ditadura militar, o sindicato sofre intervenção e seus diretores são presos e obrigados a viverem durante muitos anos na clandestinidade. Entre eles, o presidente Vitelbino Ferreira de Souza.
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