Sindical e Previdência

Sindicato de vans denuncia Concais

Terminal estaria cobrando “pedágio” das vans. O Concais garante que não existe taxa alguma.

Publicado em 22/01/2013 às 10:07

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Um impasse no transporte de passageiros de navios. O Terminal Marítimo de Passageiros - Concais, de Santos, estaria cobrando R$ 25,00 por van, micro-ônibus e táxi que forem buscar um ou mais passageiros no local. A denúncia é do presidente do Sindicato das Empresas de Transporte, Locação e Fretamento de Micro-Ônibus no Estado de São Paulo (Setlofemesp), Edson Rocha, o Edinho.

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Nesta segunda-feira (22), após ser informada da denúncia, a assessoria de imprensa do Terminal negou a informação. “Não há cobrança de nenhum tipo de taxa para buscar passageiros no terminal”.

Porém, segundo Edinho, a taxa teria entrado em vigor semana passada e seria completamente irregular, pois o terminal funciona dentro de área federal. “Isso é monopólio e favorece apenas as empresas de ônibus, que podem embarcar passageiros e as vans não”.

Segundo o sindicalista, já houve um contato para tentar mudar a situação, que vem prejudicando também os taxistas. “Se não tivermos dinheiro para a taxa, somos obrigados a estacionar na Avenida Perimetral e os passageiros a andar debaixo de chuva e enfrentar lama, trilhos de trem e outros obstáculos. Não há respeito nem com crianças e idosos”, lamenta.

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R$ 25,00 - Terminal Marítimo de Passageiros estaria cobrando este valor por van, micro-ônibus e táxi, segundo o presidente do Setlofemesp. (Foto: Matheus Tagé/ DL)

Edinho salienta que além do valor considerado abusivo, os motoristas são multados por agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). “Não existe outro acesso. Não estamos falando de vans de Santos, mas de todo o Estado. Somos mais de mil. Estamos perdendo divisas com essa situação”, explica.

O sindicalista faz questão de enfatizar que as vans não fazem lotação. “Nosso segmento é turístico e fretamento de executivos. Ou seja, não fazemos linhas regulares”, comenta Edinho, que já marcou reunião com o deputado federal Beto Mansur (PP) e com o novo presidente da Câmara, vereador Sadao Nakai (PSDB).

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Sindicalista diz que economia local está sob risco

Edson Rocha voltou a denunciar outro problema já abordado pelo DL no ano passado: suposto acordo “desleal”, entre o Concais e as principais empresas de ônibus particulares de São Paulo.

Segundo reafirma, passageiros estão sendo transportados do Terminal do Jabaquara (SP) ao Concais, e vice-versa, sem passar pela Rodoviária de Santos, desfavorecendo não só as vans, mas também os táxis, não contribuindo para a economia de Santos.

O problema também estaria atingindo linhas do Interior do Estado, desfavorendo o comércio, principalmente do Centro (restaurantes, bares, lojas em geral), pois os passageiros não teriam a possibilidade de consumir bens e serviços, gerando mais impostos. Outro setor que estaria sendo prejudicado, segundo o sindicalista, seria o turístico, pois o passageiro estaria deixando, entre outras coisas, de conhecer, por exemplo, o Centro Histórico. Rocha chegou a denunciar o caso à Câmara de Santos, mas nada foi feito até então.

Rocha salienta que em qualquer cidade do Estado, um passageiro é levado de uma rodoviária para a outra. Não de um terminal público a um privado.

Finalizando, o sindicalista revela que tentará sensibilizar o prefeito Paulo Alexandre Barbosa. Visto que, ano passado, o Concais alegou que a linha é regulamentada pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP) a pedido da Prefeitura de Santos, situação desmentida pelo então prefeito João Paulo Tavares Papa (PMDB). “A ARTESP não possui poder dentro dos municípios, que são soberanos dentro de seus territórios. Tenho certeza que o atual prefeito vai nos ouvir”, acredita Edinho.

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