Sindical e Previdência

Sindicato aciona MP após fechamento de unidades da Poupafarma

Farmácias na Região fecharam as portas na última semana para uma reformulação empresarial; sindicato teme por possível demissão em massa

Luana Fernandes

Publicado em 13/02/2023 às 17:37

Atualizado em 06/03/2023 às 20:34

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Unidades da Poupafarma fecharam as portas na última segunda-feira (6) / Divulgação

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As unidades da Poupafarma da Região começaram a semana de portas fechadas. O que já era esperado pelos clientes, que encontravam prateleiras cada vez mais vazias, aconteceu na última semana. Apesar do recado deixado pela empresa, de que o o fechamento é temporário e faz parte de uma reestruturação, o Sindicato dos Práticos de Farmácias de Santos (Sinprafarmas) está preocupado com uma possível demissão em massa.

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A garantia de emprego para 1.400 colaboradores da Poupafarma levou a diretoria do sindicato a acionar o Ministério Público do Trabalho, em caráter de urgência, com o intuito de intermediar o impasse. “Nossa entidade de classe começa a agir a partir do momento em que os quesitos acordados em nossa Convenção Coletiva são desrespeitados. Já questões estruturais da empresa como a falta de remédios nas prateleiras não nos cabe interferir” – lembra o presidente do Sinprafarmas, Giovani Guimarães.

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Ainda segundo o sindicato, os trabalhadores da Poupafarma, além de viverem a incerteza de um retorno às funções, também tiveram problemas de de ordem financeira com a empresa como o não pagamento dos vales refeição e salarial, não recolhimento do FGTS e suspensão temporária do plano de saúde, prejudicando tratamos que não podem ser interrompidos.

De acordo com Guimarães, o sindicato “lamenta muito o que está ocorrendo e procura, na medida de nossas possibilidades, ajudar a categoria também nessa hora aflitiva. O fechamento desses postos de trabalho preocupa e, sobretudo, atuaremos com extremo rigor no sentido de que todos possam receber cada centavo devido pela empresa caso as demissões se concretizem”.

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Questionada pela reportagem do Diário do Litoral, a Poupafarma - através de sua assessoria - encaminhou uma nota de esclarecimento sobre o fechamento das unidades:

"A Poupafarma iniciou a implantação de um projeto de readequação de sistemas e do modelo de abastecimento, a partir de um diagnóstico operacional realizado com apoio de consultoria especializada.
 
Desse trabalho o grupo pretende evoluir num sistema multicanal, com forte ação das plataformas digitais desenvolvidas nos últimos dois anos. A plataforma de lojas físicas está sendo reavaliada e parte delas pode ser reformulada em um novo modelo de operação ou evoluir num contexto de franquias regionais.

O mês de fevereiro representará um período importante dessa transição da estrutura de lojas. O grupo espera atrair novos parceiros de investimento em breve, apesar da crise de financiamentos do setor de varejo desde o início do ano e das altas taxas de juros.

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Nesse contexto de transformação, o grupo pretende reafirmar seu compromisso de atuar sempre com transparência e esclarece que continua trabalhando forte para preservar os colaboradores nessa transição, e também para o constante aperfeiçoamento no atendimento aos clientes".

A reportagem questionou sobre as questões salariais denunciadas pelo Sinprafarmas, no entanto, até o momento desta publicacação, não obteve respostas.

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